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O curioso corpo humano

29/08/2014
O funcionamento das engrenagens aguenta trancos e barrancos, até por isso muita gente leva a vida desafiando perigosamente tão engenhosa criação. Mesmo sintomas que parecem esquisitices do corpo têm uma razão de ser. Confira alguns:
 
Arrepio e calafrio – O arrepio é uma função corporal humana em resposta ao frio. Quando a temperatura interna do corpo diminui, o reflexo de arrepio é disparado. Os pelos levantados fazem com que uma camada de ar fique parada sobre a pele, funcionando como isolante térmico. Já os calafrios podem ocorrer no começo de uma infecção e geralmente estão associados à chegada iminente de uma febre ou um aumento da temperatura corporal. Provocados pela contração e relaxamento rápidos dos músculos, os calafrios são a forma pela qual o corpo gera calor quando sente que está frio. 
 
Febre – A febre não é uma doença, mas a reação do organismo contra alguma anomalia. A temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36ºC e 36,7ºC. Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por uma doença dos órgãos internos, o termostato pode elevar a temperatura dois ou três graus acima dos valores habituais, o que caracteriza a febre. Também não é necessariamente um mal. Nas infecções, por exemplo, ajuda o sistema de defesa a livrar-se do agente agressor.
 
Por que os dentes batem no frio – É outro sintoma que se manifesta quando sentimos frio.  Trata-se de um reflexo do corpo, na tentativa de se aquecer. Fazer os músculos se contraírem e relaxarem rapidamente gera calor, e os grandes músculos das mandíbulas, que fazem os dentes baterem uns nos outros, são perfeitos para isso.
 
Freio na língua – Ele existe para limitar a sua mobilidade e, assim, controlar melhor os movimentos durante suas funções básicas. O freio é a membrana que prende a parte debaixo e do fundo da língua ao assoalho da boca. Sem ele, a língua ficaria saindo toda hora para fora da boca enquanto falamos ou obstruiria a respiração à noite, causando apneia do sono. Em pessoas com o freio encurtado, a fala sai cheia de chiados e trocas de fonemas, além de tornar difícil engolir. 
 
As partes mais resistentes do corpo – A sola dos pés, por conter as camadas de pele mais grossas do corpo, é a parte mais resistente às variações de temperatura. Isso permitiu que nossos antepassados se adaptassem mais facilmente às hostilidades dos solos quentes e rochosos. Outras regiões bem resistentes ao calor são o cotovelo e o calcanhar. Quanto à resistência a pancadas, o fêmur, osso mais longo do esqueleto, é capaz de suportar até 5 vezes o peso do corpo sem se quebrar. 
 
Por que os pelos do corpo não crescem tanto como os cabelos – Provavelmente porque, quando o homem passou a ficar de pé, a cabeça se tornou a parte do corpo mais exposta ao sol e uma das mais importantes funções dos pelos é proteger a pele. Os pelos da sobrancelha, por exemplo, impedem o suor que escorre pela testa de entrar nos olhos, enquanto os do nariz protegem o orifício nasal da invasão de corpos estranhos.
 
Estruturas dispensáveis
 
Dente do siso – No tempo das cavernas, os terceiros molares até podiam ser úteis na hora de triturar alimentos mais duros, como raízes. Mas perderam sua importância. 
 
Amígdalas – Servem para combater as bactérias que invadem o organismo através da boca ou do nariz, mas quem as tem retiradas consegue ter uma vida normal. 
 
Baço – Elimina os glóbulos vermelhos que passaram da validade e estoca os brancos que ajudam no sistema de defesa do organismo. Mas também dá para viver sem ele. 
 
Vesícula – A principal função da vesícula é servir como um depósito de bile, a substância produzida no fígado que ajuda na digestão das gorduras e na neutralização dos ácidos. Mas sua retirada não tem interferência importante na qualidade de vida da pessoa. 
 
Apêndice – Até hoje ele não tem função conhecida. Só se sabe que é rico em tecido linfoide (relacionado ao sistema imunológico). Sua ausência não está relacionada a qualquer problema de saúde. 
 
Cóccix – Hoje o “osso da cauda” não tem mais função no ser humano, mas ao que tudo indica já fez parte do rabo de nossos antepassados.