Santos

Em Santos, Dilma alfineta adversários

30/09/2014
“No domingo, a gente vai votar para consolidar aquilo que conquistou. Vamos votar em quem tem experiência de governo ou em uma aventura? Vamos votar pelo desenvolvimento do pré-sal ou contra o pré-sal?”. Com a voz rouca, a presidente Dilma Roussef discursou sobre um carro de som na Praça Mauá, na manhã desta terça-feira (30) e alfinetou os adversários, sem citá-los nominalmente.
 
A cinco dias da eleição, a candidata à reeleição cumpriu agenda de campanha em Santos, acompanhada pelo candidato do partido ao Governo do Estado, Alexandre Padilha, e de lideranças locais do partido, como a prefeita de Cubatão, Márcia Rosa, a deputada federal Maria Lúcia Prandi e a estadual Telma de Souza. 
 
Em seu breve discurso, ela relacionou investimentos federais realizados na região. “Estamos investindo pesado nos portos, em transporte. Sem dinheiro do governo federal, o VLT não sairia. Investimos onde ninguém quer investir, que é esgoto. Fizemos o “Minha Casa Minha Vida” e um programa do qual me orgulho muito, o Pronatec”, disse. 



 
Dilma voltou a dizer que não mexerá em direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa”. A atividade foi acompanhada por diversos sindicalistas da área portuária e também pelos prefeito de São Vicente, Luis Cláudio Bili (PP), e Maria Antonieta de Brito (PMDB).
 
A candidata também afirmou que apóia apenas uma candidatura ao Governo do Estado. “Aqui em São Paulo eu só tenho um parceiro, o Padilha”, disse, numa referência a Paulo Skaf, que pertence ao PMDB, um partido integrante de sua coligação a nível federal.
 
A agenda de Dilma em Santos foi ligeira. Limitou-se a uma espécie de caravana, ela na caçamba de uma pick-up, acompanhada por militantes a pé -a grande maioria vestindo camisetas de campanha e empunhando bandeiras. 
 
A candidata foi da Praça Braz Cubas (em frente à Alfândega) até a Praça Mauá, passado em frente da Ordem Terceira do Carmo. Durante o trajeto, as janelas dos prédios comerciais do Centro se transformaram em arquibancadas de estádio de futebol. Enquanto algumas pessoas aplaudiam a passagem da candidata, outras apontavam o polegar para baixo, em sinal de desaprovação. 
 
Um incidente no meio do percurso evidenciou a personalidade forte de Dilma. O motorista do veículo que a conduzia quase atropelou um dos militantes que acompanhava a atividade. A presidente-candidata fez o condutor parar a carro, bateu no vidro do carro, até que ele fosse abaixado. Em seguida, Dilma, de dedo em riste passou um vigoroso “sabão” no motorista. 

 

 
Candidato do PT ao Governo do Estado, Alexandre Padilha voltou a alfinetar o governador Geraldo Alckmin, que é candidato à reeleição. “Ele vem aqui inaugurar maquete. Daqui a pouco, vai lançar o programa ‘Minha Maquete, Minha Vida”, ironizou.
 
Padilha disse que seria breve, para poupar a voz para o debate promovido pela TV Globo, que será realizado esta noite. “Ele costuma fugir dos debates. Vou aproveitar hoje para fazer perguntas a ele”.
 
Em seu discurso, Dilma Rouseff ressalta os investimentos realizados pelo seu governo. “No domingo, a gente vai pensar e votar para consolidar aquilo que conquistou. Vamos votar em quem tem experiência de governo ou em uma aventura? Vamos votar pelo desenvolvimento do pré-sal ou contra o pré-sal?”, diz Dilma.
 
O candidato petista ao Governo do Estado, Alexandre Padilha, acompanha a presidente e, em seu discurso, provoca seu opositor nas urnas, o governador Geraldo Alckmin: “Alckmin, vem aqui inaugurar maquete”. Padilha disse ainda que irá falar pouco para poupar a voz para o debate que haverá hoje à noite. “Quero perguntar ao governador por que ele foge?”.

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