Em uma disputa acirrada, como não se via desde 1989, quando Fernando Collor venceu Lula da Silva, os dois candidatos, Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e Aécio Neves (PSDB), trocam acusações e apelam para ataques pessoais. Os limites do bom senso foram ultrapassados e o que se tem visto é uma disputa sangrenta, ficando em segundo plano as propostas de cada um.
Numa eleição em que os principais institutos de pesquisa apontam uma situação de empate técnico, resta saber como reagirá o eleitor brasileiro diante dessa verdadeira selva em que se transformou a corrida presidencial. É simplesmente impossível se fazer qualquer previsão, mas é possível acreditar que o vencedor será aquele candidato(a) que errar menos nos poucos dias que faltam até o pleito que se realizará domingo (26).
O fato é que até agora as campanhas têm sido conduzidas pelos marqueteiros, sempre amparados por pesquisas qualitativas realizadas pelos partidos que integram a coligação. Foi assim que a candidata do PSB, Marina Silva, foi alijada da disputa. Depois de subir nas pesquisas, ela não resistiu aos ataques dos adversários, em especial os formulados pela campanha do PT, que apostou, com sucesso, na teoria do terror e do medo.
Como muitos interesse$ estão em jogo, e não apenas um projeto político para o País, a temperatura subiu no segundo turno chegando a níveis mais elevados no debate entre Dilma e Aécio realizado quinta-feira (16) pelo SBT. Neste domingo (19) temos outro embate entre os dois candidatos na TV Record e, na quinta-feira (23), o confronto, que pode ser decisivo, na Globo.
Com os ânimos exaltados e a disputa voto a voto, a tendência é a de que a eleição seja decidida pelos que ainda não se definiram, aqueles que nas pesquisas se declaram indecisos. Esses eleitores costumam fazer a escolha no dia do pleito. Em resumo, a troca de chumbo entre Dilma e Aécio deve continuar cada vez mais intensa. Em cenários assim, costuma vencer o candidato que errar menos na reta final.
O Brasil merecia mais que isso!
