Nesta sexta-feira (28), milhões de brasileiros vão reforçar a carteira com a liberação da primeira parcela do 13º salário. A maioria das pessoas sabe que a forma mais correta de agir com o dinheiro é pagar as dívidas – para quem está pendurado -, reservar para as despesas extras desta época do ano, investir uma quantia e só então pensar em gastar com as necessidades do momento. Na prática, entretanto, muitas vezes essas prioridades são invertidas e o que é prazer hoje pode, depois, resultar em uma longa dor de cabeça. Por isso, não aja por impulso, pois o uso do dinheiro exige cautela e bom senso.
Pela lei, o pagamento da primeira parcela deve ser feito até o dia 30 de novembro (antecipado este ano para sexta-feira, 28), e a segunda parcela até 20 de dezembro. Se você tem dúvidas do que fazer, acompanhe as dicas de especialistas em finanças:
Saia do vermelho – “Para quem tem dívidas, a prioridade deve ser quitá-las – ou, se não for possível, renegociá-las a juros que não ultrapassem os 2,5% ao mês”, aconselha Thiago Alvarez, do GuiaBolso.com. A dica vale principalmente para os endividados que estão inadimplentes. Lembre-se que não existe investimento que supere os juros cobrados principalmente no cartão de crédito e no cheque especial. Mas, atenção! O alívio temporário no bolso não pode ser usado para fazer novas dívidas. É preciso atacar as causas do descontrole no orçamento para não entrar novamente no vermelho.
No azul – Você pode estar livre de dívidas, mas dificilmente consegue escapar das despesas extras desta época do ano, como os gastos com as festas e as contas que chegam em janeiro, como IPTU, IPVA, matrícula, material escolar. A dica é reservar uma parte do abono para essas despesas, sem abrir mão do prazer de presentear.
Aplicação financeira – Que tal investir o dinheiro extra no mercado financeiro para garantir uma aposentadoria mais tranquila ou atingir mais rápido seus objetivos, como trocar de carro ou fazer uma viagem? Nesse caso, deve-se observar o prazo e a necessidade da aplicação.
Pague menos imposto, ganhe mais restituição – Quem paga Imposto de Renda e declara pelo modelo completo pode aplicar uma parte do 13º salário em um plano de previdência privada PGBL. Isso permite aumentar o valor da restituição ou reduzir o imposto a pagar (o limite da dedução é de 12% dos rendimentos tributáveis)
Faça sua reserva de emergência – Os especialistas recomendam que toda pessoa tenha uma reserva financeira de emergência no valor de seis meses de despesas, em média.
Atenção – Independente da forma como será aplicado o dinheiro extra, não esqueça da dica da maioria dos consultores financeiros: não gastar se não pode e investir sempre que puder.
