Coluna Dois

Campeões turbinados com dinheiro

18/04/2015
A experiência é interessante. Você examina a relação dos clubes europeus que mais arrecadaram em 2014, 2013, 2012… Depois compara essa listinha com a dos campeões nacionais. Pode comparar também com os semifinalistas da Champions League desses últimos anos. 

Bingo !!! As listas coincidem. Real Madrid, Manchester United, Bayern de Munique… Mesmo clubes sem a tradição desses pesos pesados, entraram na lista depois de injeções anabolizadas de dinheiro: Chelsea, Manchester City, Paris St Germain. 

Clubes de grande tradição de países com mercados menores, como Portugal, ou em crise, como a Itália, têm dificuldades para acompanhar esse ritmo de profissionalização.

No Brasil, o futebol ainda não alcançou esse estágio. Mas é só questão de tempo. Essa profissionalização vai chegar. 

Então, um exercício interessante passa a ser o exame do ranking de arrecadação dos clubes brasileiros.  Corinthians, Flamengo, São Paulo, Inter…

O Santos tem dificuldades naturais para acompanhar esse ritmo.   

Como teve outras dificuldades no passado. Mas é importante lembrar que dirigentes e profissionais santistas, nestes 103 anos, sempre souberam buscar soluções para manter a grandeza do clube. Escreveram uma história maravilhosa. 

Cabe aos santistas das gerações atuais buscar alternativas para manter a tradição de grandeza do clube no cenário que caminha na direção de uma profissionalização cada vez mais acentuada.

É evidente que o clima político para isso não é o da fragmentação em várias correntes e briga de foice entre elas fora do período eleitoral. 

A última eleição do Santos, em dezembro, teve cinco chapas. Só uma venceu. As outras quatro correntes, unidas, são quase três vezes mais numerosas que a vencedora. Se ficarem torcendo e, pior, trabalhando para que as coisas deem errado para a gestão que administra o clube, o desafio de manter o Santos no patamar de grandeza com que a gente recebeu o Peixe de quem veio antes da gente vai ficar muito mais complicado.  
 
Santos 100 Fronteiras 1
A organização mandou a seguinte nota:
Com relação aos ataques pessoais veiculados nesta coluna, contra o recém-criado e promissor movimento SANTOS 100 FRONTEIRAS, o empresário Wladimir Mattos nega e desafia quem possa provar que tentou alguma vez terceirizar a base do Santos Futebol Clube, mesmo porque, como conselheiro, santista apaixonado e empresário, entende como absurda a terceirização de qualquer categoria de uma agremiação deste vulto. Com relação aos funcionários, João Vicente Gazolla diz ter sido uma honra atuar profissionalmente (na verdadeira e única fase de profissionalização do clube de 2010/2013), e assim como os demais integrantes do grupo têm história no Clube, como sócio remido (desde 1978) e diretor jurídico não remunerado (1997/1999), o que lhe faz entender como absurda esta tentativa de macular sua limpa trajetória dentro da instituição. A ASSOCIAÇÃO SANTOS 100 FRONTEIRAS surge em crucial momento político de proporcionalidade no Conselho Deliberativo e a necessidade de organizar um grupo para uma atuação assídua e zelosa a favor exclusivo do Santos FC.
 
Santos SEM Fronteiras 2
Os responsáveis pela coluna entendem que não houve nenhum “ataque pessoal”. Houve a afirmação de que as fronteiras que o grupo não quer no Santos são as que separam negócios e cargos bem remunerados da política do clube. Isso em função do histórico. Três dos conselheiros citados, Vella, Gazolla e Fernando Silva, tinham cargos bem remunerados no clube e, demitidos, passaram imediatamente a fazer política de oposição no Conselho. O quarto citado, Mattos, têm negócios no futebol. Terceiriza o setor na Portuguesa Santista. Quanto ä tentativa de fazer o mesmo na base do Santos, o que não constitui crime nenhum, os responsáveis pela coluna vão voltar ao assunto para confirmar a informação inicial ou fazer uma retificação.
 
De olho na janela
Com a contratação do meia-atacante Rafael Longuine, a diretoria do Santos mostra estar atenta ao mercado. O destaque do Audax é uma boa aposta para o Brasileirão, e o diretor Dagoberto Santos deu a entender esta semana que outros reforços vão ser contratados. Bom sinal, pois o time ainda precisa encorpar o elenco. Dois nomes que têm sido ventilados são o de Maicosuel e Giovanni Augusto, ambos armadores e do Atlético Mineiro.
Renato Silvestre/ Divulgação
 
Chegou a hora
O Paulistão chega às semifinais sem surpresas, com os 4 grandes classificados. Os dois clássicos serão no domingo. O derby Corinthians e Palmeiras acontece no Itaquerão às 16h e o Santos recebe o Tricolor na Vila Belmiro na sequência, às 18h30.
 
Libertadores
A fase de grupos está chegando ao fim. O Corinthians já está classificado e o Inter, que deu show essa semana, está bem perto de garantir a 1ª vaga do grupo 4. O São Paulo está numa situação curiosa. Se perder para o Corinthians, na quarta-feira, no Morumbi, tem grandes chances de ser eliminado na fase de grupos. Cruzeiro e Atlético Mineiro precisam vencer seus últimos jogos, em casa. E o Galo ainda precisa contar com o saldo de gols para avançar, já que todos os times do grupo têm chances de classificar.
 
Superados
A campanha do Boca Juniors na fase de grupo foi irrepreensível. Com 100% de aproveitamento e absurdos 18 gols de saldo, o time argentino superou as campanhas de Vasco (2001) e Santos (2007) que também foram 100%, mas ambos com 11 gols de saldo. Lembrando que mesmo na época em que a vitória valia dois pontos, nenhum time venceu todos os jogos além dos 3. O mais curioso é que o Boca enfrenta nas oitavas de final seu arquirrival River Plate, que já está classificado com a pior campanha dos 16.
 
GP de Bahrein
Na última semana deu a lógica: vitória da Mercedes, com Hamilton em 1º e Rosberg em 2º. Vettel ficou em 3º, mas fez novamente uma boa corrida. Neste domingo (19), às 14h os pilotos voltam se enfrentar. Felipe Massa e Felipe Nasr estão indo bem nos treinos livres e podem surpreender.