Coluna Dois

Conselheiro condenado a indenizar Odílio

08/08/2015
Nesta semana o juiz Fernando César do Nascimento, da 7ª Vara Cível de Santos, condenou o conselheiro do Santos, Celso Leite, a pagar uma indenização de R$ 20 mil ao ex-presidente do clube Odílio Rodrigues.

Na sentença o juiz considera que uma postagem inicial numa rede social, seguida de uma outra, insinua que o ex-presidente recebia proveitos ilícitos na época em que dirigia o clube. E também que as duas geraram vários comentários.

Essa postagem tinha sido comentada aqui neste espaço na mesma semana em que foi feita. E o comentário seguia uma linha muito parecida com o que está na condenação do juiz ao conselheiro.

A decisão judicial se reveste de um significado interessante neste momento. 

As contas do clube em 2014 foram rejeitadas pelo Conselho. Mas é importante observar que o conselheiro condenado judicialmente faz parte do Conselho Fiscal. Ainda que tenha se afastado em função da suspeição que passou a haver em torno dele depois da postagem, Celso Leite teve acesso a todos os documentos do clube antes desse afastamento. 

Processado por Odílio pela insinuação, embora ainda caiba recurso dessa decisão, foi condenado. Ou seja, dá margem a uma suposição de que, na sua defesa, não tenha conseguido levar ao juiz nenhum indício ou prova das insinuações que fez contra o ex-presidente.

Odílio Rodrigues passou por um processo de linchamento político depois que saiu da presidência. Aqui mesmo neste espaço já se comentou várias vezes que existe uma tentativa de atribuir a ele a crise financeira e as dificuldades atuais do clube. As dívidas, a crise e essas dificuldades, entretanto, já vêm de 2009, final da gestão anterior. E abrangem, em 2014, todos os clubes brasileiros e não apenas o Santos.  

A sentença do juiz Fernando César do Nascimento, nesse cenário, pode representar um primeiro elemento de desmontagem desse linchamento.

 
TRIver Plate
O fantasma chegou ao fim. O River Plate conquistou a terceira Libertadores da sua história ao vencer os mexicanos do Tigres por 3×0, no enlouquecido Monumental de Nuñez. O legal da história é a recuperação do tradicional clube argentino. Há 4 anos o River foi rebaixado no Campeonato Argentino. O impensável aconteceu, mas o clube deu a volta por cima com boa gestão. No final de 2013, o presidente Rodolfo D’Onofrio assumiu o clube, apostou no ídolo Enzo Francescoli como manager que trouxe o também ídolo Marcelo Gallardo como treinador. Campeão da Sul-Americana em 2014, da Recopa e agora da Copa Libertadores. 
 
Brasileirão 
O primeiro turno está chegando ao fim. A 17ª rodada tem como principal jogo o Majestoso, clássico entre São Paulo e Corinthians, às 16h do domingo no Morumbi. No mesmo horário, o reencontro entre Marcelo Oliveira, pelo Palmeiras, e o ex-clube, o Cruzeiro, no Mineirão. O duelo serve de prévia para o que também vai  acontecer pela Copa do Brasil. Antes, no sábado, o Peixe recebe o lanterninha Coritiba, às 21h, para se afastar ainda mais da zona do perigo. 
 
Medalhas 
O Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan, na Rússia, segue ainda neste final de semana. Por enquanto foram seis medalhas brasileiras. Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha ganhou o ouro nos 25 km, ficou com a prata com a equipe brasileira e nos 10 km foi bronze. Já a natação conquistou três pratas para o Brasil. Thiago Pereira nos 200m medley, Nicholas Santos nos 50m borboleta e a primeira brasileira da história a subir em um pódio de piscina longa em mundiais, Etiene Medeiros, nos 50m costas. 

Cartolada
O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, declarou em entrevista à revista Veja na semana passada que é absurda a acusação contra ele de recebimento de propina. Investigado pela justiça dos Estados Unidos, Teixeira fugiu de lá e se refugiou no Uruguai. Assim, a situação dos últimos presidentes da CBF merece uma análise. Teixeira, assim. José Maria Marin, preso na Suíça. E o atual, Marco Polo Del Nero, confinado no Brasil e sem coragem de pôr o pé fora para representar a CBF em outros países por medo de ser preso. 
 
Paciência zero
A cultura de demissões segue a todo vapor no Brasileirão. O técnico da vez foi Diego Aguirre, do Internacional. O uruguaio, contratado no início do ano, não resistiu à eliminação da Libertadores e aos maus resultados do Colorado. Em 16 rodadas já foram 14 treinadores demitidos. No mesmo período, no ano passado, foram 13 trocas de técnicos. 
 
Corrida fora da pista na F-1  
Valtteri Bottas, companheiro de equipe de Felipe Massa, disse que a Williams tem potencial para chegar ao topo da Fórmula 1, com ou sem ele. O piloto finlandês está de malas prontas para substituir o compatriota Kimi Raikkonen na Ferrari em 2016. A transferência depende apenas de um acerto financeiro entre as duas escuderias. A Williams tem fama de pedir alto na rescisão de contratos de pilotos e a Ferrari não gosta de pagar para buscar alguém para correr. Agora, é só aguardar para ver quem cede nessa disputa fora da pista.