Santos

Santos é a terceira mais inteligente do Estado e a 11ª no país

10/08/2015
Santos é o terceiro município mais inteligente do Estado e a 11º do Brasil entre aqueles que utilizam tecnologia na gestão para solucionar problemas da cidade. O ranking da consultoria Urban Systems divulgado nesta semana avaliou informações de 700 localidades e indicou Rio de Janeiro no primeiro lugar. O destaque é para planejamento urbano, item em que a Santos aparece como a quinta do País no ranking.

O estudo Connected Smart Cities tem como objetivo mapear as cidades com maior potencial de desenvolvimento no Brasil, através de indicadores que retratam inteligência, conexão e sustentabilidade. Para isso, foram utilizados indicadores de nove áreas (mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo), mais dois setores considerados transversais às demais áreas: Economia e Governança.

Santos aparece atrás apenas de capitais e de São Caetano do Sul. Além do planejamento urbano, o Município se sobressai em indicadores como Educação, Economia, Meio Ambiente e Governança, ficando em 13º, 15º, 28º e 45º colocações, respectivamente.
 
Investimentos
O chefe de gabinete da Prefeitura, Rogério Pereira dos Santos, avalia que o posicionamento santista no ranking reflete os investimentos sistemáticos da Administração Municipal em projetos que privilegiam a inovação e tecnologia e as obras de infraestrutura.

Entre os principais empreendimentos, cita a ampliação contínua do número de equipamentos do Sistema Integrado de Monitoramento (SIM), o Parque Tecnológico, que já teve seus trabalhos iniciados no prédio do antigo colégio Santista, e as obras no Paço Municipal para a implementação do Centro de Controle Operacional (CCO), que integrará 27 serviços públicos municipais por geogerenciamento – entre os quais, a operação e coordenação do tráfego de veículos, o monitoramento das comportas dos canais e a manutenção da iluminação pública – e tem previsão de entrega para o final de 2016.
 
Tecnologia
O conceito de cidade inteligente, contudo, transpõe os investimentos em tecnologia, diz o chefe de gabinete. Ele acredita que projetos de mobilidade urbana sejam fundamentais para garantia da qualidade de vida no Município.

“Extremamente verticalizada, Santos tem uma série de empreendimentos em andamento que contribuem com a organização e o planejamento urbano”, reforça ele, citando as obras do VLT, a ampliação do sistema cicloviário, além de maciços investimentos no transporte público, estimulando a adesão do uso de coletivos e seletivos.
 
Também ressalta as obras de remodelação da entrada da Cidade e do VLT, assim como a ampla reforma do Hospital dos Estivadores e a construção de policlínicas, que facilitarão o acesso e a qualidade do atendimento médico-hospitalar no Município.
 
Planejamento urbano: Santos tem desafios
O arquiteto José Marques Carriço, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), entende que a quinta posição em planejamento urbano não é surpresa para o Município, que vem conquistando boas colocações em diferentes ranqueamentos que priorizam o desenvolvimento urbano.

“O planejamento é histórico em Santos. O plano de saneamento desenvolvido por Saturnino de Brito, há mais de 100 anos, pode ser apontado como o ponto de partida”.

Carriço diz que o planejamento urbano é um importante tripé formado por habitação, mobilidade e saneamento, indicadores que oferecem desafios constantes a serem superados. Para ele, o principal está na regularização fundiária, que envolve dois dos itens e para o qual Santos tem empreendido ações importantes, com o avanço da produção de moradias e, consequentemente, de saneamento. Ainda segundo o arquiteto, essas questões estão aliadas ao Plano Diretor e buscam medidas para reduzir e acabar com os assentamentos precários.

“Já a mobilidade urbana é mais complexa. Depende da aprovação de legislação e dos planos setoriais do Plano Municipal de Mobilidade Urbana”, ressalta, acrescentando que um dos mais importantes desafios é a redução do deslocamento da população, com o estímulo do equilíbrio entre moradias e comércio em áreas estratégicas para Cidade.