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Projeto Cidadão define os vencedores

14/11/2015
Com muita criatividade, os alunos das 14 escolas participantes do Projeto Cidadão, cujo tema é “Trabalho infantil, nem brincando”, deixaram os integrantes do júri impressionados com a qualidade e precisão do tema abordado em sala de aula. Por quase duas horas, na sede do Jornal da Orla, os jurados se reuniram e conseguiram definir os vencedores desta edição.

Foram quase 600 trabalhos, entre desenhos e frases de alunos do 1° ao 9° ano das escolas municipais. Foi preciso apenas uma folha de papel e lápis de cor para que os pequenos viajassem pelo mundo colorido dos desenhos, tentando traduzir a realidade preto e branco em que muitas crianças vivem ao serem exploradas desde muito cedo, sem ter a oportunidade de estudar e brincar.

A chefe de projetos educacionais especiais da Secretaria de Educação (Seduc), Fátima Alves, explica que em meio a tantos excelentes trabalhos desenvolvidos pelas crianças, a escolha dos vencedores não foi fácil e, por isso, alguns critérios finais tiveram que ser analisados para que, finalmente, saíssem os escolhidos.

“Nós fizemos uma escolha bem elaborada em cima dos critérios, como a competência da criança, a parte estética e a pertinência ao tema, que é o mais importante. Analisamos pela faixa etária da criança, quanto àquele que melhor representou o tema trabalhado na escola e também se a criança realmente utilizou o material que nós entregamos, que foram as cartilhas. Depois de duas horas discutindo, analisando cada trabalho, nós chegamos à conclusão final”, disse.

A UME Waldery de Almeida, localizada no Jardim Santa Maria, foi a que mais enviou trabalhos para o Projeto Cidadão. Segundo o professor Daniel Gomes, o malabarismo apareceu em praticamente todos os desenhos enviados. Para ele, as crianças remetem o tema trabalho infantil ao que elas veem nas ruas da cidade.

“O Projeto Cidadão, do Jornal da Orla e da Secretaria de Educação, é fundamental porque, muitas das vezes, o trabalho infantil também está no submundo do crime, no tráfico de drogas, na exploração sexual de crianças e adolescentes. Por ser uma questão cultural, eu acho que nós estamos colocando um tijolinho nessa construção de desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes.”

A professora do ensino Fundamental I, Lenarde Mendes, afirma que o projeto enalteceu o olhar crítico dos alunos. “Escolher os trabalhos é sempre uma alegria, porque nós conseguimos ver como as crianças percebem a realidade santista, como elas entendem esse mundo que nós estamos vivendo. Foi uma alegria constatar como as nossas crianças são críticas, como elas enxergam as coisas”, disse.

Confira a matéria completa no Jornal da Orla na TV: