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Fotografei pessoas que nunca tinham sido atendidas por um médico, diz Araquém Alcântara

02/05/2016
“Eu sou um fotógrafo andarilho”. É assim que Araquém Alcântara resume suas quatro décadas e meia de carreira como um dos precursores da fotografia de natureza no Brasil, apresentando um País de sertanejos, índios, pescadores e quilombolas. Aos 65 anos, o catarinense de Florianópolis parece um garoto quando fala de seu mais novo projeto: o livro Mais Médicos, que ganhou uma exposição no Palácio do Planalto.
 
“Fui a lugares em que nunca tinha ido médico. Fotografei pessoas que nunca tinham sido atendidas, lugares que não podem mais continuar sem a presença do Estado”, diz ele, que percorreu 20 Estados e mais de 40 municípios durante cerca de um ano. Em sua vasta produção constam 47 publicações sobre temas ambientais, mais 22 em co-autoria, que resultaram em 32 prêmios nacionais, cinco internacionais e 75 exposições individuais.
 
Sobre o livro, Araquém deu entrevista exclusiva ao Blog do Planalto, após participar de cerimônia com a presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira (29), de anúncio da prorrogação permanência dos profissionais estrangeiros no programa Mais Médicos. Para Araquém, a obra é um manifesto humanista sobre a sociedade brasileira. Isso porque o programa, iniciativa do governo federal, levou atendimento a 63 milhões de brasileiros.
 
“Todo o meu sentimento é de contribuir para que nós tenhamos uma verdadeira consciência do que é ser brasileiro, com arte, alegria, elegância e amor”, disse ao ceder imagens do livro para o acervo da Fundação Oswaldo Cruz.
 
Confira a entrevista que Araquém concedeu ao Blog do Planalto: