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Comprar ou alugar? Entenda em quais momentos um pode ser mais vantajoso que o outro
22/08/2016
*com informações do Portal Brasil
A casa própria é um sonho para parte dos brasileiros. Dar esse passo, no entanto, exige planejamento para evitar que o orçamento familiar se torne excessivamente comprometido. Por isso, em algumas situações, o aluguel pode ser uma opção mais acertada por um período.
Mas como saber se é a hora de comprar ou a de alugar? O Portal Brasil procurou especialistas em finanças pessoais para ajudar nessa resposta.
Para o economista Ronalde Lins, integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon), essa escolha depende do cenário.
“A pessoa que quer comprar a casa própria porque quer o conforto de dizer que tem a casa, esse vai comprar sempre, independentemente do cenário”, observou o economista.
“Existe também o perfil que vai alugar, que quer morar mais perto do trabalho e do lazer. Esse perfil busca ainda o conforto de não pagar tanto a prestação do apartamento”, explicou.
Entrada para a casa própria
Alugar, na visão de Lins, vale a pena se você não tem dinheiro para dar uma entrada à vista. Nesse caso, o aluguel pode ser uma boa opção, fica mais barato que o valor da prestação.
Ele sugere, inclusive, que a diferença entre a prestação de um imóvel e o aluguel seja transformado em uma poupança. Por exemplo, se a prestação em um financiamento ficar em R$ 1,5 mil e o aluguel estiver em R$ 1 mil, a sugestão do economista é adiar a compra e investir esses R$ 500 de diferença.
Depois de um tempo, explica Lins, será possível ter uma poupança suficiente para pagar uma entrada ou parte considerável do valor do apartamento.
Como usar o FGTS em financiamento habitacional
Agora, se o valor do aluguel empatar com a parcela paga pela casa própria, comprar pode ser mais vantajoso. Durante o período do financiamento será como se estivesse pagando um aluguel, só que com a diferença de ter construído um patrimônio ao final.
Usar o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também torna a compra da casa própria mais vantajosa. Dependendo do valor que estiver disponível, é possível quitar parte considerável do imóvel.
Além disso, as regras permitem voltar a usar o FGTS para abater a dívida depois de um determinado período. Dessa forma, é possível quitar mais rapidamente o financiamento.
Como funciona o financiamento habitacional
Ao fazer um financiamento, outros fatores precisam ser levados em consideração. O banco normalmente oferece algumas opções de modelo de financiamento que vão definir como serão as prestações, se fixas ou variáveis. Duas tabelas são mais comuns nessas operações.
A Tabela Price tem prestações com valor fixo. Já na Tabela Sac, as parcelas são decrescentes. A amortização da dívida é constante e esse modelo é indicado por especialistas por reduzir as chances de inadimplência.
Também é preciso entender, antes de assinar o contrato, que as prestações terão de ser pagas mensalmente até que a dívida seja quitada. Essa parcela é composta de duas partes.
A amortização é a parte do capital que está sendo devolvida ao banco e abate o valor da dívida. Os juros são uma espécie de aluguel do dinheiro que você usou para comprar a casa e incide sobre o saldo devedor.
