TV em Transe

Gafes olímpicas

25/08/2016
Não há como deixar de sofrer uma crise de abstinência após 17 dias de maratona olímpica.
Na telinha, louve-se o esforço de todos para cobrir os Jogos da melhor forma – e quem já trabalhou em cobertura de eventos sabe o quanto a tarefa é desgastante.
 
Curiosamente, quem mais gastou levou “medalha de ouro” em gafes: a Rede Globo.
 
Uma atrás da outra – Galvão Bueno (sempre ele) “deu show” do início ao fim da competição. Na abertura, discutiu com a repórter Glória Maria, que chamou o velocista Usain Bolt de “mito”. Galvão discordou… O que será que ele pensa agora, depois dos três ouros que fizeram do jamaicano o único tricampeão em três provas na história do atletismo olímpico?
 
Outra: após a vitória de Bolt nos 200 metros rasos, Galvão pediu para que todos os convidados no estúdio ficassem de pé, pois o hino da Jamaica seria cantado pelo humorista Marcelo Adnet. Ao fazer a brincadeira, o narrador esqueceu um detalhe: um dos comentaristas, Fernando Fernandes, é cadeirante. “Deixa eu ficar sentado”, disse Fernandes. 
 
Na final do futebol masculino, o escândalo feito por Galvão beirou o ridículo. Tudo bem, a conquista foi emocionante, mas chorar e ficar aos berros é dose. 
 
E houve ainda o caso do “mau comportamento” durante a final dos 200 medley na natação (que citei semana passada). Aliás, nas provas de natação o Galvão parece narrar corridas de Fórmula-1. 
 
Menos, Glenda – Falando em gritaria, a Globo apostou na repórter/apresentadora Glenda Koslowski para as competições de ginástica. Ela exagerou tanto nos decibéis emitidos que acabou pedindo desculpas pelo excesso de gritos e choro nas transmissões: “Peço desculpas ao pessoal de casa se ficou agudo demais. É porque é um momento inesquecível”, justificou.
 
Só que não – Já Cléber Machado narrou o ouro que não veio na canoagem. Na final da prova C2-1000, quando os brasileiros Isaquias Queiroz e Erlon de Souza cruzaram a linha dos 250 metros na liderança, Cléber imaginou que já fosse o final. “Os brasileiros tentam uma última arrancada, vão ganhar medalha de ouro!”. Faltavam, porém, 750 metros… E a dupla brasileira ficou com a medalha de prata.