Coluna Dois

Reino Unido se torna gigante olímpico neste século

27/08/2016
O Reino Unido abrange Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Tem população de cerca de 65 milhões de habitantes, menos de uma terça parte da brasileira. Nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, o Reino Unido terminou em 10º lugar no quadro de medalhas. Foram 9 de ouro, 9 de prata e 12 de bronze. Estava começando a preparação para ser país-sede dos Jogos de 2012, em Londres. O Brasil ficou em 16º, com 5 medalhas de ouro, 2 de prata e 3 de bronze.
 
Quatro anos depois, em Pequim, já mostrava o resultado da preparação: um salto do 10º para o quarto lugar com um total de 47 medalhas: 19 de ouro, 13 de prata e 15 de bronze. O Brasil despencava para o 23º posto no quadro de medalhas: 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze.
 
No ano em que sediou os Jogos, o Reino Unido mostrou nova evolução. Encerrou a participação em terceiro lugar, um pouco à frente da quarta colocada, a Rússia. Os britânicos conquistaram impressionantes 65 medalhas: 29 de ouro, 17 de prata e 19 de bronze. O Brasil, ao final da Olimpíada, conseguiu melhorar em uma posição comparada à edição anterior . Com 3 medalhas de ouro, 5 de prata e 9 de bronze, ficou em 22º lugar.
 
É evidente que o Reino Unido fez um outro tipo de planejamento para os Jogos que sediou. Veio subindo no quadro de medalhas e, naquele 2012, só ficou atrás das duas potências olímpicas: Estados Unidos e China.
 
Neste ano, no Rio, o trabalho continuou dando resultados e os britânicos conquistaram a segunda posição nos Jogos, desbancando a China.
 
É evidente que só a preparação não produz resultados num prazo de 8 ou 12 anos. As nações têm ou não a tradição esportiva. Os novos talentos precisam ter em quem se espelhar.
 
Mas é bom olhar para exemplos recentes como o atual do Reino Unido, o anterior, da China, e até outro mais antigo, da Espanha, em 1992. Esses países aproveitaram a promoção dos Jogos para dar um salto esportivo.
 
O Brasil parece não ter conseguido aproveitar a oportunidade.
 
É verdade que nosso salto não precisava ser de resultados olímpicos, mas sim de difundir a prática esportiva na população e que a nossa tradição é em esportes coletivos e não nos individuais, que rendem mais medalhas.
 
Fizemos nossa melhor Olimpíada em ouros – 7 -, em número de medalhas – 19 -, e na colocação 13ª no quadro geral. Melhoramos um pouco. Mas o exemplo do Reino Unido mostra que dá para fazer muito mais. 
 
Nova arma
 O Santos viveu um jejum de 2013 a 2015 sem gols de falta pelo Brasileirão. O panorama deste ano mudou completamente esse cenário. Os santistas já balançaram as redes quatro vezes em gols de falta em 2016. O curioso é que só jogadores diferentes marcaram. Victor Ferraz fez contra o Novorizontino pelo Paulistão, Vitor Bueno diante do Coritiba, Lucas Lima no São Paulo e Ricardo liveira, nesta semana, contra o Vasco, pela Copa do Brasil.
 
Que fase!
A vexatória derrota do São Paulo para o Juventude, hoje na série C, em pleno Morumbi, escancara a crise do clube paulista. A derrota por 2 a 1 para os gaúchos foi a nona que o Tricolor sofreu como mandante neste ano. O péssimo aproveitamento diante dos torcedores fica ainda pior comparado aos rivais. O Palmeiras perdeu cinco vezes, o Santos apenas uma e o Corinthians nenhuma. Nenhum outro dos 12 grandes perdeu mais de cinco vezes. Na 12ª colocação do Brasileirão, Ricardo Gomes e a diretoria do São Paulo ainda devem passar por muitas turbulências até o final do ano.
 
 Desbancou
Quando Luiz Felipe foi contratado do Paraná existia uma boa expectativa sobre o zagueiro. Os torcedores do clube paranaense e a mídia local de lá exaltaram a contratação do defensor de 22 anos. O camisa 2 do Santos esperou as oportunidades, aproveitou o recondicionamento físico de David Braz (ficou oito rodadas de fora) e virou titular incontestável. A prova foi o retorno à titularidade contra o Galo, depois de ficar suspenso  contra o América/MG. O Santos é a melhor defesa do Brasileirão, com 17 gols sofridos.
 
Não é só aqui
Duas contratações são tidas como as piores da história do Brasil. A de Leandro Damião pelo Santos e a de Alexandre Pato pelo Corinthians, ambas na casa dos R$ 40 milhões de reais. Pato saiu para o Villareal por 10% do valor investido, fora os altos salários. O Santos ainda pode salvar o prejuízo. O Liverpool investiu 32,5 milhões de libras em Christian Benteke e, após um ano, vendeu o centroavante belga para o Crystal Palace por 27 milhões de libras, cerca de R$ 23 milhões de reais “perdidos”.
 
Medalhas valiosas
Ganhar uma medalha olímpica é sinônimo de glória, superação e orgulho. Para muitos atletas também significa um belo retorno financeiro. Cada país premia os atletas que ganham medalhas com uma quantia significativa de dinheiro. O “Statista” fez um levantamento e apurou que Cingapura (US$ 753 mil), Indonésia (US$ 383 mil) e Azerbaijão (US$ 255 mil) são os que oferecem o bônus mais alto por medalha de ouro. Joseph Schooling, nadador de Cingapura, além de desbancar Michael Phelps, se tornou o primeiro medalhista de ouro da história do país e levou essa fortuna. No Brasil, o COB estipulou R$ 35 mil para todas as medalhas individuais e R$ 17,5 mil por atleta de modalidade coletiva.