Roteiros Nacionais

De Caniço e Samburá: destinos para a pesca recreativa

24/09/2016
Uns sonham com alguns dias na praia, outros com a tranquilidade do campo,  e há aqueles que aproveitam o tempo de lazer à beira do rio, da lagoa ou do mar, enriquecendo o acervo de histórias de pescador. A pesca recreativa, sem fins lucrativos, movimenta o turismo em diversas regiões do país, que possui imensa extensão costeira e hídrica. O pantanal e a bacia amazônica despontam como os destinos mais procurados, mas há muitos outros pelo Brasil adentro.
 
Este tipo de atividade é permitido em todo o território nacional e, segundo dados do Ibama, 86,6% dos apaixonados pela arte de pescar preferem rios e lagos, seguidos de pesque e pague (34,6%). Na pesca esportiva, o peixe é solto logo após ser fisgado pelo pescador, como forma de garantir a reprodução das espécies. 
 
Pesca oceânica 
Há adeptos da pesca esportiva que vão além dos rios e lagos, se lançando na aventura de uma pesca oceânica. Robalo, sargo, garoupa, anchova, dourado, peixe-espada, cação, atum … no mar nunca se sabe a espécie que morderá a isca e é grande a variedade de técnicas que podem ser utilizadas.
 
Um dos destinos mais procurados é o litoral de Santa Catarina, especialmente na região da Baía de Babitonga, que abriga o município de São Francisco do Sul, um dos principais locais para a pesca do robalo. O Balneário de Enseada, em São Francisco, é ótimo ponto para pesca de arremesso em costão, pois é farto em garoupas, badejos, anchovas, xaréus e outros peixes. 
 
Outro destino de pesca oceânica é Vitória, no Espírito Santo. Dependendo da época do ano, lá é possível encontrar uma enorme variedade de peixes, como o marlin azul, marlin branco, dourado, atum, olho de boi, bonito. Muitas empresas trabalham com pacotes fechados e por temporadas. 
 
Em Cáceres, o maior festival de pesca do mundo
Anualmente, em junho, acontece em Cáceres, a 250 km da capital de Mato Grosso, Cuiabá, o Festival Internacional de Pesca (FIP), registrado no Guinness Book como o maior campeonato de pesca do mundo em águas fluviais. O território de Cáceres é cortado pelos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, o que favorece a existência de uma rica biodiversidade. Na região é grande a fartura de peixes como pintado, dourado, pacu e outros.  O lugar oferece ambiente propício para a observação de pássaros por possuir milhares de espécies de aves, além de animais típicos da fauna pantaneira. 
 
Amazonas
A temporada de pesca esportiva no Amazonas começou este mês de setembro e prossegue até abril de 2017. A expectativa é de atrair cerca de dez mil turistas, com uma injeção de até 6,6 milhões de dólares na economia amazonense, de acordo com a Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur). 
 
Amazônia é um dos maiores “berços” da biodiversidade mundial, e isso reflete na quantidade de espécies encontradas por lá. A pesca esportiva do tucunaré, símbolo da pesca esportiva no Brasil, é um dos grandes chamarizes do lugar. Outras espécies muito procuradas são aruanã , pirarara, piraíba e apapá. Os principais municípios onde a pesca esportiva é praticada são Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba, Careiro, Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro e São Sebastião do Uatumã. 
 
Araguaia 
A 475 km de Goiânia, São Miguel do Araguaia é o ponto de acesso à Ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia, foi cenário da novela ‘Araguaia’, da Rede Globo. Aruanã se transformou em um polo para o turismo de pesca e de esportes aquáticos. Os três destinos são cidades-base para a pesca esportiva no Rio Araguaia, em Goiás. Ali, a pesca predatória é proibida, todos os peixes devem ser devolvidos após a captura. A alta temporada é em julho e os principais pescados a cachara, piraíba, tucunaré-azul, pirarara, surubim-chicote, pirarucu, pintado, aruanã, apapá, cachorra, matrinxã e bicuda.
 
Pantanal Matogrossense
Santuário ecológico e maior planície de inundação contínua do mundo, no Pantanal a pesca pode ser realizada quase que durante todo o ano, mas a temporada oficial vai de março a outubro. O período da vazante, que começa em março, é caracterizado principalmente pela pesca do pacu. Nessa época também é possível investir na pesca de peixes de fundo de rio, como o pintado, o dourado e o surubim. Em junho e julho é a vez de espécies como o barbado e em outubro, quando se encerra a temporada, é o momento em que o pescador pode praticamente escolher o que deseja pescar. No Mato Grosso, as cidades-base são Poconé e Cáceres; no Mato Grosso do Sul, Corumbá e Porto Mortinho.