Ele moveu a ação porque não gostou de um comentário de Iozzi. No início do ano, ela criticou em seu instagram a decisão de Gilmar Mendes em conceder liberdade provisória ao médico Roger Abdelmassih, condenado por estupro e manipulação genética. Depois disso, o criminoso fugiu do país e levou anos para ser preso.
Moniza Iozzi postou uma foto do ministro com a legenda “Gilmar Mendes concedeu habeas corpus para Roger Abdelmassih, depois de sua condenação a 278 anos de prisão por 58 estupros… Se um ministro do Supremo Tribunal Federal faz isso… Nem sei o que esperar”.
O juiz da Vara Criminal de Brasília que julgou o caso alegou que a atriz tem o direito de opinar, porém em seu comentário violou a dignidade, a honra e a imagem de Mendes. Para ele, enquanto pessoa pública, Iozzi tem de exercer sua liberdade de expressão “de forma consciente e responsável”. O que, na visão do magistrado, não ocorreu neste caso.
Já dizia Ruy Barbosa: “a pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”.
Macartismo? – Em seus mais de 20 anos de vida, a ESPN Brasil sempre se caracterizou por ser um canal esportivo diferenciado. Com seu jornalismo investigativo e combativo, tem em seu histórico uma série de programas e reportagens memoráveis.
Vários dele saíram da mente de José Trajano. Acreditando num jornalismo sério e no esporte como instrumento de inclusão social, ele foi o maior responsável por tornar a ESPN Brasil a melhor emissora de esportes da TV paga.
Entretanto, sua surpreendente demissão semana passada mostra que os rumos do canal estão mudando. A alegada “contenção de despesas” não cola, e o próprio Trajano acredita que sua saída se deve a outro motivo.
Recentemente ele se envolvera em algumas polêmicas, e a gota d’água seria o fato de ter se recusado a assinar um documento em que os jornalistas da casa se comprometem a não se manifestarem politicamente.
Infelizmente, de certa forma a ESPN Brasil vai ficando parecida com suas concorrentes Sportv e Fox Sports. São horas e horas diárias de um blá blá blá sobre futebol que não acrescenta em nada. O festival do “mais do mesmo”. Fala-se cada vez mais do que ocorre dentro das quatro linhas, e cada vez menos se discute o que acontece fora delas.
