Tenho tentado acompanhar “Supermax”, um dos maiores investimentos da Globo neste ano. Digo “tentado” porque, apesar de toda a campanha da emissora, o programa não cumpre aquilo a que se propõe: ser um assustador seriado de terror.
A produção é ok, mas para quem está acostumado a assistir séries americanas do gênero (o meu caso), “Supermax” não empolga. A diferença de qualidade – essa sim – é assustadora.
Roteiro, direção, atuação do elenco… Na atração da Globo tais elementos ainda parecem um tanto primários se fizermos comparações. Não chega a ser um demérito, pois esta é uma área na qual os norte-americanos são mestres.
Talvez para um público iniciante, que não tem o hábito de ver os seriados de horror gringos, “Supermax” funcione.
Em contrapartida, a iniciativa da emissora é válida. Primeiro porque se dispõe a correr riscos, saindo de sua “zona de conforto”. E, caso continue a investir no gênero, pode evoluir. Pelo menos dinheiro e condições técnicas possui pra isso.
Obra-prima – Pra citar um exemplo recente de como os gringos entendem do assunto, posso citar a grande sensação da temporada: “Stranger Things”, produzida pelo Netflix. Não chega a ser propriamente uma série de terror, mas deixa claro a excelência dos americanos no ramo.
Tudo funciona perfeitamente, e mal um episódio acaba e você já quer conferir o próximo – algo que o Netflix possibilita, aliás (e que discutirei futuramente).
Merece reprise – Simplesmente espetacular a edição do “Roda Viva” exibida pela TV Cultura no dia 31. O tema “Dilemas Contemporâneos” reuniu o historiador Leandro Karnal e o filósofo Luiz Felipe Pondé, que foram sabatinados por”influenciadores digitais”: youtubers que contam com milhões de seguidores.
Redes sociais, relacionamentos, solidão, poder, felicidade e inveja forma alguns dos temas em pauta.
Ah, e o programa também ganhou com o jornalista Willian Corrêa na apresentação. Pena que excepcionalmente, pois o soturno Augusto Nunes voltará ao comando da atração.
