TV em Transe

Emoção e melancolia no fim do Programa do Jô

22/12/2016
Em maio de 2015, escrevi sobre a despedida de David Letterman, que se aposentou depois de 33 anos à frente do “Late Show”. A decisão foi um consenso entre ele e o canal CBS. 
 
A semana do adeus foi emocionante – em especial a derradeira edição. Mas em nenhum momento houve um clima de tristeza. O bom humor e o alto astral foram marcas da atração até o seu final. 
 
Clima bem diferente do observado nos últimos dias do “Programa do Jô”. Assim como Letterman, tivemos entrevistas memoráveis. Porém, no caso de Jô Soares, a melancolia se fez presente. Acredito que motivada pelo fato de a Rede Globo ter optado por tirar o talk show do ar contra a vontade do apresentador. Jô se despediu com a classe de sempre, e não se pode dizer o mesmo da Globo em relação a ele.
 
Ok, por vezes é preciso renovar a programação. O “Programa do Jô” passou a contar com concorrentes no horário (Danilo Gentili e Fábio Porchat). Enquanto outras redes investiram no gênero, a Globo há tempos vinha enxugando a atração.
 
Mas Jô ainda era a melhor opção. Para ocupar o seu lugar, escolheram o Pedro Bial. Ano que vem veremos se foi uma decisão acertada ou um tremendo tiro no pé. Meu palpite? Fico com a segunda alternativa.
 
Não fará falta –  Outro que está de partida é o “Esquenta”, da Regina Casé. Nesse caso, já fazia hora extra na telinha.  
 
Já era tempo – Falando ainda em renovação, a Band resolveu promover mudanças no “Pânico”. Por enquanto a principal delas é a saída do diretor Alan Rapp, que deixa a trupe depois de 13 anos. A modelo Aline Riscado também dançou, e outras dispensas virão. A intenção é dar novo fôlego ao humorístico em 2017 – algo que ele de fato necessita. Sem perder tempo, contrataram Marcelo Nascimento (“ex-Superpop”) para assumir a direção do programa.