Único Grand Slam em que não conquistou uma medalha, Suelen chega determinada após realizar a primeira aclimatação na cidade de Pindamonhangaba, no fim de janeiro. “Para mim, o circuito de Paris é um dos mais fortes do calendário. Já medalhei no Japão, em Abu Dhabi, agora falta esse Grand Slam para completar. Estou me sentindo bastante motivada”, afirma.
Depois desta competição, a próxima missão de Suelen será na cidade de Baku, capital do Azerbaijão, marcada para o mês de março. Diferente de 2016, a atleta não viaja para Düsseldorf, onde conquistou o ouro, porque a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) optou por levar os novos judocas escolhidos pela seletiva realizada no início do ano.
Representante da categoria + 78kg, Suelen chegou a considerar em ‘pendurar o kimono’ caso conquistasse medalha olímpica. “Sempre tive isso em mente. Tanto que, nesta última semana, fiz um balanço e cheguei até a comentar com a minha mãe: ‘acho que não era a minha hora de aposentar'”, concluiu. No dia das competições de judô em sua categoria nos Jogos Olímpicos de 2016, Suelen foi superada pela sul-coreana Minjeong Kim nas oitavas-de-final. “Na época, estava muito preparada, fisicamente, treinei muito, fui bem nas competições… até a aclimatação foi ótima. Acontece que, naquele dia específico, tinha algo diferente, não sei explicar”.
Sem olhar para trás, Suelen já vê perspectivas positivas quanto a nova caminhada rumo à tão sonhada conquista olímpica. Com o apoio do marido e treinador, Carlos Honorato, prata em Sydney, a judoca se sente animada para mais quatro anos de preparação. “Como eu posso perder essa Olimpíada, gente? Justo no Japão, o berço do judô? Vai ser muito especial, vai ser ‘a’ Olimpíada”, completou.
