TV em Transe

Peitando a Toda-poderosa

22/02/2017
Histórica a posição de Coritiba e Atlético-PR de anunciarem que o clássico entre ambos pelo campeonato estadual teria transmissão pelo Youtube e Facebook, de graça.

A ousadia fez com que a Federação Paranaense de Futebol cancelasse a partida minutos antes de seu início, domingo passado, sob a ridícula alegação de que profissionais de imprensa contratados pelos dois times para a cobertura do jogo não estavam credenciados.

A queda de braço ocorreu porque a FPF vendeu os direitos de exibição da competição para a Rede Globo. Porém, a emissora não conseguiu um acordo com os dois times, pois ambos consideraram a oferta baixa.

“Atlético-PR e Coritiba não venderam os direitos por essa esmola que a Globo quis pagar… Resolvemos fazer transmissão independente e gratuita. Nossa produtora não é ligada a nenhuma TV”, disse o diretor de marketing do Atlético-PR, Mauro Holzzman.

A Rede Globo, por sua vez, emitiu uma nota na qual se intitula a “maior incentivadora do futebol brasileiro” e afirma não ter nada a ver com o imbróglio no Paraná. 
 
Incentivadora ou dona?
Exagero

Ainda no futebol, os narradores do Fox Sports estão beirando o insuportável nas transmissões da Libertadores 2017. Torcer pelos times brasileiros não significa necessariamente agredir os ouvidos do telespectador. Subiram o tom em relação aos anos anteriores – está parecendo mais a histeria desmedida do Esporte Interativo.
 

Racismo premiado – E o SBT segue tratando o jornalismo como piada (de mau gosto).
 
Nesta segunda-feira (20), estreou na casa o novo contratado, que atende por Marcão do Povo. Esta nobre figura ganhou notoriedade ao chamar a cantora Ludmilla de “pobre macaca” no “Balanço Geral DF”, que apresentava em uma afiliada da Rede Record. Por conta do ato de racismo, ele foi demitido. Mas logo foi “premiado” com a contratação pelo SBT. Sua função é apresentar parte do “Primeiro Impacto”, pela manhã, recebendo o horário do adolescente Dudu Camargo.
 
Na estreia, ambos fizeram a “Dança do Galo” na transição (que o tal Marcão costumava fazer no “Balanço Geral”). E a audiência não passou dos três pontos – menos da metade do “SP no Ar”, da Record. Que seja daí pra menos.