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Novas terapêuticas para artrite

01/03/2017
Um novo medicamento contra artrite reumatoide foi incorporado ao conjunto terapêutico já disponível no SUS. Padronizado em fevereiro de 2017, será adquirido em até seis meses. A artrite, doença crônica e progressiva, merece atenção por sua condição incapacitante a longo prazo. Essa doença intercala momentos de crise e de remissão, em intervalos característicos a cada pessoa.

A artrite é uma doença autoimune, o que significa ter as estruturas corpóreas atacadas pelos próprios mecanismos de defesa orgânicos. Essa condição provoca inflamações em articulações que, se não tratadas, podem levar à destruição óssea e a deformidades. Quanto mais precocemente diagnosticada e tratada, menor será o comprometimento das articulações.

Os sintomas mais comuns são o de rigidez matinal, comprometimento simétrico das articulações, ou seja, em ambos lados do corpo. Essas articulações podem ficar vermelhas, inchadas, doloridas e sensíveis. Pode ser que, no início, esses sintomas não sejam claramente perceptíveis. Em geral, a artrite reumatoide inflama várias articulações em um padrão simétrico, ou seja, ambos os lados do corpo são afetados. Os primeiros sintomas podem ser sutis. As pequenas articulações de ambas as mãos e os punhos estão frequentemente envolvidos.
Existe uma forma da doença que pode atingir jovens a partir dos 16 anos de idade. Por isso, é muito importante o diagnóstico médico para o controle da doença, uma vez que não há cura mas busca-se a garantia na qualidade de vida. Inicialmente, anti-inflamatórios são usados para reduzir a dor e a inflamação.

Quando os anti-inflamatórios não conseguem o controle da doença, será necessário o uso de remédios denominados “medicamentos modificadores do curso da doença”. Nessa classe, estão incluídos medicamentos tradicionais e bastante usados, como o metrotexato. Esse medicamento inibe divisão celular, incluindo-se as células do sistema imunológico que estão destruindo os próprios tecidos. Com isso, o MTX inclui-se na categoria dos imunossupressores, assim como a maioria das substâncias sintéticas usadas nessa patologia: sulfassalazina, leflunomida e ciclosporina.

O MTX mantém eficiência semelhante às demais substâncias sintéticas e a um custo dez vezes menor, sendo o valor bem elevado nesse caso. Já a classe dos medicamentos biológicos, como a do novo produto recentemente incorporado, o custo pode se multiplicar por mais 300 vezes. Por isso, é um medicamento reservado apenas para casos resistentes aos tratamentos mais baratos.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.

Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela Unisantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.