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Vivendo no planeta azul

25/03/2017
No dia 14 de fevereiro de 1990, a sonda Voyager 1 tirou uma fotografia do planeta Terra de uma distância recorde de seis bilhões de quilômetros. Esta é a distância aproximada até o planeta Plutão. Cerca de quarenta vezes e meia a distância entre o sol e a Terra. Na foto, nosso planeta é visto como um pálido ponto azul contra a imensidão do espaço. A ideia foi do astrônomo e divulgador de ciência Carl Sagan, que convenceu os técnicos da NASA a girarem a sonda, reorientando-a para que tirasse uma última foto da Terra.

Quatro anos depois, num pronunciamento na Universidade Cornell, onde lecionava, Sagan refletiu sobre o significado daquela imagem:

-Não há melhor demonstração da folia humana do que essa imagem distante de nosso pequeno mundo. Ela deveria inspirar compaixão e bondade nas nossas relações, mais responsabilidade na preservação desse precioso pálido ponto azul, nossa casa, a única.

[com base em texto de Marcelo Gleiser e da Redação do Momento Espírita]

Quando medido contra as distâncias cósmicas, a enorme quantidade de mundos espalhados pelo espaço, este pequeno planeta é verdadeiramente insignificante. É apenas mais um dentre trilhões de outros viajando no espaço.

Será que nos damos conta disso: que o planeta, que nos parece tão vasto, é apenas um minúsculo ponto azul que se move ao redor de um sol de quinta grandeza? Dessa forma, não seria mais razoável que parássemos para meditar um pouco a respeito de como vivemos aqui? Por que, afinal, nos digladiamos tanto? Por que vivemos em disputas tolas por tudo e por quase nada? Nem precisamos ir tão distantes quanto a sonda espacial. Basta que em uma viagem aérea, acompanhemos a rápida subida do avião e como tudo vai ficando minúsculo.

As pessoas parecem formigas, as grandes construções vão ficando menores e menores. O rio caudaloso, com suas cataratas assombrosas se torna um risquinho perdido em meio a algo verde. Depois, tudo vai sumindo… sumindo…

Mais compaixão e bondade. Um pouco mais de paciência no trânsito, no relacionamento com nossos vizinhos, na fila do supermercado, no banco. Menos discussões por coisas que significam coisa nenhuma. Algumas, simplesmente para se ter o prazer de ouvir o outro dizer: “É, você tem razão”.

Por que não sermos mais felizes? Por que não vivermos melhor, enquanto estamos aqui, no planeta azul? Por que fecharmos fronteiras, impedindo que o irmão necessitado se abrigue em nosso país? Por que criar tantas armas para a destruição de nós mesmos e da nossa casa? Por que, afinal, brigarmos tanto?

Reflitamos um pouco e pensemos em ser mais cordatos, mais pacientes, mais solidários uns com os outros. Cuidemos do nosso planeta. Participemos das campanhas que visam a melhor manutenção desta casa. É a única que nos pode abrigar agora e que ainda nos deverá abrigar por muito tempo.

Semeemos a compreensão, a compaixão, o entendimento. Comecemos com quem esteja mais próximo de nós. Se cada um de nós começar a ter um ato de gentileza, de delicadeza, de atenção para com o outro, diariamente, teremos sete bilhões e meio de maravilhosos atos, tornando esta nossa casa melhor. Melhor para viver. Melhor para conviver. Um lugar para amar, ter filhos, crescer, evoluir, ser feliz.

 PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE