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O controle da dor

25/03/2017
A dor faz parte da condição da vida e pode surgir de uma disfunção orgânica ou por lesões causada por contusão, agressão química ou de qualquer outro tipo. Também sentimos dor quando estamos em situação de risco, o que nos faz realizar movimentos reflexos de defesa. Por exemplo, ao encostar em algo quente ou pontiagudo, instintivamente retiramos o corpo antes que a lesão assuma maiores proporções.

A dor é desagradável e fortemente influenciada pela história de vida da pessoa. O organismo mantém mecanismos internos de modulação da dor, o que faz com que a intensidade da dor não possa ser avaliada como caráter objetivo. Cada um sentirá a dor em sua dimensão própria e pessoal. Uma mesma pessoa, em condições emocionais distintas, poderá perceber o mesmo estímulo doloroso de forma diferente.

Há vários medicamentos para o controle da dor. Mas, antes de medicar-se é necessário investigar sua causa, que pode ser evidente ou não. Por exemplo, a dor de cabeça pode ter inúmeras origens. Algumas podem ser por motivos simples, como cansaço, fome ou sono. Nesses casos, o descanso, o alimento ou dormir serão os melhores remédios. Ações simples que resolvem em definitivo o problema.
Porém, outras dores são crônicas e associadas a outras doenças. A enxaqueca é uma doença crônica, suscetível a quadros agudos de dor de forma recorrente. Assim, o controle da condição crônica deve ser de forma diferente da aguda. Nessa condição, a atuação médica é decisiva para a escolha do melhor medicamento, apesar de alguns analgésicos poderem ser comprados de forma livre e usados na situação aguda.

O número de pessoas que sofrem com dor crônica é impreciso, mas estima-se que uma em cada três pessoas tenha dor crônica, em alguma dimensão. outros estudos realizados no Brasil apontam que uma em cada duas pessoas sofre de dor crônica. As principais causas de dor crônica são as doenças osteoarticulares (ex. artrite), musculares, como a dor lombar, e as derivadas por degeneração nervosa, como a causada pelo diabetes.

Os medicamentos analgésicos estão entre os mais vendidos no mundo todo. Alguns exemplos de analgésicos de venda livre: ibuprofeno, ácido acetilsalicílico, paracetamol ou naproxeno. Em condições piores de controle da dor, os analgésicos opioides podem ser usados. Há muito preconceito errado quanto a esses medicamentos, mas a dor deve ser controlada para evitar que, além do sofrimento desnecessário, incapacite a pessoa. A dor crônica mal controlada pode provocar danos biológicos e emocionais, como a depressão.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.