Coluna Dois

Momento importante na temporada do Peixe

08/04/2017
Dentro de uma perspectiva lógica, o Paulista deste ano acrescenta bem menos que as outras três competições para o clube. Bicampeão 2015/2016 do estadual, Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil, nessa ordem, todas dão mais emoção e água na boca ao torcedor.
 
O problema é que o humor da galera e da cartolada oscila em função de um único fator: os resultados.
 
Os pessimistas estão em pânico. Argumentam com as quatro derrotas nos quatro jogos contra equipes da Série A (São Paulo, Corinthians, Palmeiras e a própria Ponte). Retrospecto de rebaixamento, dizem. A perda da força da Vila Belmiro como “caldeirão” também é lembrada. Duas dessas 4 derrotas aconteceram em casa (São Paulo e Palmeiras) e o Santos também perdeu para a Ferroviária na Vila.
 
No futebol, como na economia, previsões pessimistas muitas vezes colaboram para a sua própria realização.
 
As nuvens estão cinzentas. Assim, uma demissão de Dorival Junior, em função de um mau resultado contra a Ponte, pode, aí sim, mergulhar o Santos numa zona de turbulência e incerteza. Isso tanto porque o planejamento para essa temporada foi feito por Dorival como porque seria muito difícil uma troca de treinador para melhor com os que estão disponíveis no mercado, com exceção única, talvez, de Cuca. 
 
Seria irracional, uma porque o Peixe está na liderança do grupo na Libertadores, e ainda nem começou a participação na Copa do Brasil. O Brasileiro também não começou. E outra por que as derrotas aconteceram com muitos desfalques importantes no time. Mas não dá para negar que existe um clima de desgaste e desconfiança. Que pode ser totalmente dissipado, convém lembrar, com uma vitória convincente contra a Ponte. 
 
Os dois bons resultados do time escalado totalmente com reservas contra São Bernardo e Novorizontino mostram que a tentativa de encorpar o elenco foi bem-sucedida. Mas aquela galera do pessimismo reclama que nenhum dos contratados ainda se firmou no time titular.
 
Um outro motivo de preocupação para o torcedor alvinegro é observar que a base, nesse momento, está tendo muito mais espaço no time de cima dos rivais São Paulo e Corinthians do que no Santos, que tem tradição muito mais forte na formação de jogadores. Mas essa já é uma outra história que fica para uma outra vez.
 
Desproporcional
O investimento da Crefisa e da Faculdade das Américas segue fortalecendo o Palmeiras, por mais que a grana pesada investida por ambos parta muito mais da paixão dos donos do que da racionalidade. A mais nova contratação do Palmeiras foi o promissor zagueiro Luan, do Vasco, que custou R$ 10 milhões. A operação inteira será bancada pelos parceiros, inclusive os salários do jogador. Parmalat parte II?
 
Eles têm a força
Embaladíssimo, o Golden State Warriors escreveu mais um capítulo na história da NBA. Sob a batuta de Stephen Curry, Kevin Durant e Klay Thompson, a franquia atingiu a 65a vitória em três temporadas seguidas. Nunca nenhum time conseguiu tal feito. Também pelo terceiro ano consecutivo, os Warriors garantem a melhor campanha da fase regular, igualando o feito do Philadelphia 76ers (66, 67, 68) e do Boston Celtics (84, 85 e 86).
 
De outro mundo
Desde o épico jogo contra o PSG, Neymar vive fase exuberante. Pela Seleção, dois golaços contra Uruguai e Paraguai. Pelo Barça, o centésimo gol marcado e grandes atuações. Há um certo movimento da mídia brasileira para eleger Neymar melhor do mundo, mas ainda há Lionel Messi no caminho. Descansado, o argentino marcou duas vezes contra o Sevilla e chegou a 46 gols em 45 jogos na temporada. A vez de Neymar vai chegar, mas o melhor do mundo ainda é o camisa 10. Cristiano Ronaldo, nesta temporada, está muito atrás dos dois.
 
Que mico!
Rebaixado para a Série B, o Inter tentou de todas as maneiras reverter a situação no tapetão. Depois de apelar para diferentes justiças esportivas, o Colorado viu a última possibilidade, o CAS (Corte Arbitral do Esporte) negar o caso “Victor Ramos”, zagueiro do Vitória que o Inter alega ter sido escalado irregularmente. O tiro pela culatra vai custar caro: 8 mil francos suíços (R$ 24,92 mil) à CBF, 12 mil francos suíços (R$ 37,38 mil) ao Vitória e 50 mil francos suíços (R$ 155,75 mil) ao tribunal.