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Esclerose múltipla. Novas terapêuticas

08/04/2017
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, na qual, por motivos ignorados, o sistema imunológico do indivíduo ataca suas próprias células nervosas do sistema nervoso central. Afeta 15 pessoas entre cada 100 mil brasileiros. Os sintomas mais comuns são neurite óptica; sensações estranhas e perda do controle dos membros inferiores e superiores; comprometimento da coordenação e do equilíbrio; e, também, menor controle na eliminação da urina e das fezes. Os sintomas podem aparecer juntos ou separados. O quadro clínico se manifesta, na maior parte das vezes, por surtos ou ataques agudos, podendo melhorar de forma espontânea ou com o uso de corticosteroides.
 
Até então, não havia medicamento específico para a doença. O tratamento da doença segue um protocolo desenvolvido na década de 1990. Neste ano de 2017, a FDA (agência reguladora americana) aprovou a comercialização da substância ocrelizumabe como indicação específica para uma das quatro formas de EM. Aquela em a pessoa piora continuamente de forma progressiva, sem a apresentação de surtos episódicos. Ainda não foi aprovado no Brasil, porém acredita-se que isso ocorrerá em breve. Esse fármaco age como anticorpo monoclonal contra os linfócitos que atacam as próprias estruturas nervosas.
 
O anticorpo monoclonal, como produto da biotecnologia, é produzido por um microrganismo que foi induzido laboratorialmente a produzir uma dada substância, no caso o ocrelizumabe. Esse medicamento se liga e neutraliza aos anticorpos que estão destruindo as células nervosas, reduzindo, assim, a esclerose múltipla. Na realidade a doença continua progredindo, porém em uma velocidade mais lenda. 
 
Mas o que se sabe da doença até o momento, não traz muito alento para os portadores da doença. É sabido que 10% dos doentes continuam a piorar continuamente. Por outro lado, outros 10% tem bom controle com o uso dos medicamentos. E os demais irão ter diferentes destinos de sucesso e fracassos, muito dependente da ação precisa dos médicos.
 
Os medicamentos nem sempre trazem resultados esperados e muitas das vezes apresentam reações adversas graves, forçando a troca dos medicamentos. A dificuldade em conduzir a terapêutica de forma adequada, a falta do conhecimento do porquê a doença aparece, associada à incapacitação derivada da doença, fazem com que as pessoas precisem de suporte constante. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla alerta: que a doença não é mental, não é contagiosa, não é possível prevenção e não tem cura.
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.