Numa grande estante, estavam fitas cassete, de vídeo, DVDs e CDs. Notava-se, além da desorganização, o desleixo, porque uma grossa camada de poeira podia ser vista. O armário, por sua vez, mal podia ter as portas encostadas, abarrotado que estava de roupas, casacos, sapatos, chinelos.
Interessante que a quase totalidade desses itens já não lhe servia. No entanto, tudo ficava ali guardado para ser utilizado, algum dia. A casa toda era uma grande confusão, demonstrando que organização e limpeza, andavam longe dali, há muito tempo. A organização do ambiente em que vivemos ou no qual trabalhamos, dos móveis, objetos, roupas, retratam o nosso mundo interior.
Por causa disso, é importante aprender a renovar a energia dos ambientes em que nos encontramos, abrindo janelas, permitindo que os raios do sol a tudo invadam e que o vento realize a sua visita benfazeja, varrendo para longe os miasmas acumulados. Da mesma forma, nos disciplinarmos para manter estantes e armários organizados, descartando ou doando a terceiros tudo o que não mais nos seja de utilidade.
Roupas que permanecem o verão, primavera, outono e inverno sem deixarem as gavetas, as prateleiras, estão exigindo doação. Quando abrimos espaços em caixas, baús, estantes, ao mesmo tempo estamos dilatando nossas próprias percepções mentais.Arejando a casa, o escritório, igualmente arejamos a mente.
E se nos dispomos a doar roupas e utensílios que não nos estão sendo úteis, pensemos em quantos benefícios poderemos proporcionar a quem deles necessita. Dilatando espaços físicos, nos sentiremos mais leves, com um ar de renovação a nos envolver. Com o nosso ambiente externo organizado, é igualmente importante analisar mais profundamente outra situação.
Na maioria das vezes, também costumamos guardar entulho dentro de nós mesmos. São mágoas, desgostos, tristezas, sofrimentos passados, lembranças de dores vividas e revividas que vamos arquivando na intimidade.
[com base tem texto da Redação do Momento Espírita]
E se objetos amontoados se enchem de poeira e roupas encerradas em armários tendem a ficar emboloradas e se tornarem alimento para traças, esses sentimentos e emoções retidos em nossa intimidade, somente nos causam incômodos, desconforto, gerando doenças. E, da mesma forma que a luz solar fica impedida de adentrar um local abarrotado de coisas, a luz do amor fica impossibilitada de adentrar um coração cheio de sentimentos negativos.
Para nosso próprio bem, façamos circular as energias, as boas energias. Ventilemos os ambientes externos, organizando e retirando o que não usamos, e renovemos nossos sentimentos, deixando o amor fluir. A higiene física nos auxilia a ter boa saúde. As boas energias da alma nos auxiliam a manter o equilíbrio interior.