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Crime e castigo…

13/05/2017
O Brasil já sabe, a partir das investigações da chamada Operação Lava Jato, que o país foi comandado durante 13 anos por uma quadrilha que, em nome da defesa dos trabalhadores, assaltava os cofres públicos com o apetite de um macaco comendo banana. O marqueteiro João Santana, homem de confiança de Lula e Dilma Rousseff, contou à Nação o que milhões de brasileiros razoavelmente informados já imaginavam: a quadrilha tinha um chefe, denominado “amigo” nas planilhas da Odebrecht, e este chefe é Lula.
 
João Santana, o mago do marketing, foi chamado por Lula quando o então presidente estava cambaleante em razão das denúncias do escândalo do Mensalão. Sua missão era recuperar a imagem do presidente e garantir a sua reeleição. A missão seguinte era quase impossível, eleger “um poste”, segundo suas próprias palavras, que atendia pelo nome de Dilma Rousseff.
 
 Mas, mago é mago e Santana conseguiu sucesso em todas as tarefas. Por isso, recebeu milhões de dólares em dinheiro sujo, roubado do contribuinte brasileiro. Pelo grau de confiança e por sua importância estratégica nos governos petistas, João Santana, o homem que sabia demais, resolveu falar. Para reduzir sua pena, de anos de prisão, optou pela delação premiada.
 
O que João Santana revelou ao país é um esquema criminoso de poder que em muito lembra o adotado pela Cosa Nostra, a máfia siciliana que atormentou a Itália por mais de um século. O esquema foi aprimorado pela “inteligência” petista e compartilhado e desfrutado por velhos e novos caciques da política de vários partidos, a quem Lula e seu PT juravam combater no passado.
 
Empreiteiros que ganharam bilhões e pagavam altas propinas já haviam entregado o esquema criminoso, mas faltava alguém da intimidade de Lula e Dilma para dar nome aos bois. João Santana não apenas deu nomes, como apresentou extratos bancários com milhões de dólares roubados.
 
José Dirceu, “o guerreiro do povo brasileiro do PT”, manteve a omertà, a lei do silêncio da máfia siciliana que protege seus pares, mas Santana e sua mulher, Monica Moura, falaram. O esquema criminoso, enfim, ruiu. Outros devem seguir o exemplo do casal.
 
Ao que tudo indica, está chegando a hora de Lula e Dilma acertarem as contas com a Justiça e com a história. Neste contexto, o tríplex do Guarujá é apenas uma brincadeira de criança.