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Ou a mudança, ou o caos

20/05/2017
A grave crise que abala o Brasil revela, principalmente, que o sistema político está falido e que, portanto, qualquer mudança passa por uma profunda reforma no setor e, ainda, por uma nova e exclusiva Constituinte.
 
Temos dois problemas de dimensões gigantescas: o comprometimento da classe política e uma Constituição que garantiu benefícios a uma casta de privilegiados. As despesas dos governos, em todas as esferas, não cabem no PIB do país. 
 
Estamos caminhando para o abismo a passos largos e faltam, no horizonte, lideranças capazes de mostrar caminhos para a construção de uma grande Nação. Ou a sociedade exige as reformas necessárias ou o que está acontecendo no estado do Rio de Janeiro se repetirá nos demais estados, transformando o Brasil numa grande Venezuela. A partir daí a solução será mais amarga, com sangue, suor e lágrimas.
 
Como disse Emílio Odebrecht, o sistema de corrupção envolvendo empreiteiras e grandes empresários do país com a elite política existe há mais de 30 anos. O que Lula e o PT fizeram foi aperfeiçoar o esquema haja vista que “os companheiros” estavam com a boca grande, de crocodilo, na expressão de Odebrecht.
 
O presidencialismo de coalizão está falido e serviu apenas para saquear o Brasil e enriquecer empresários e políticos canalhas. Se o modelo não for sepultado, as mudanças apenas virão para manter tudo como está. Temer, Aécio, Lula e Cia ltda serão substituídos por outros espertalhões. 
 
Não basta, portanto, insistir em novas eleições. São necessárias reformas profundas e o entendimento da sociedade de que é preciso mudar para valer. Do contrário, continuaremos a ser a Nação dos escândalos e dos delatores.  A conta, todos sabem quem paga.