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chr39Tive que ouvir cada bobagemchr39, diz Marina Lima sobre machismo no começo da carreira

23/05/2017
Marina Lima é símbolo da renovação. Sempre conectada com as novidades, para ela, “o passado já está sedimentado como memória”. Na edição da Virada Cultural 2017, ela vem a Santos trazendo seu supershow para a Praça Mauá, no sábado (27), às 23h59. Na entrevista abaixo, ela fala sobre início da carreira, planos para o futuro e machismo.
 
Como começou sua relação com a música?
Marina – Desde que eu ganhei um violão aos 5, 6 anos de idade do meu pai. Dali em diante foram anos agarrada ao instrumento. Depois, partindo para compor com meu irmão e assinatura de um contrato aos 17 anos. E ai, a partir desse contrato, que me tornei profissional, nunca mais parei. Eu amo música.
 
Onde busca inspirações para seu trabalho?
Marina – Na vida. Leia-se amigos, inimigos, política, amores, nos bichos… Na vida em geral.
 
Você sofreu algum tipo de preconceito no ramo musical por ser mulher? E como é isso atualmente?
Marina – Atualmente, não sinto preconceito algum. Talvez, porque esteja estabelecida e totalmente dona do meu nariz. Mas, no começo, tipo 35 anos atrás, era muito chato. Tive que ouvir cada bobagem, mas o importante é que mudou muito para melhor.
 
Você parece sempre em busca de novas referências para seu trabalho. Você é uma pessoa conectada com as novidades?
Marina – (Risos) Sim. Quem vive do passado é museu. Não, sério, a vida como um todo me excita, me inspira. O passado já está sedimentado como memória. A memória também inspira, mas a vida segue a todo vapor e com novas possibilidades.
 
Há alguma novidade a caminho?
Marina – Um EP. Vou lançar agora em outubro.
 
O que mais gosta na profissão? Existe um lado negativo?
Marina – O que mais gosto é a parte que lida com a música propriamente. Exemplo: compor, produzir uma faixa, mostrar para outros músicos, melhorar os arranjos. É a parte que me fascina. O resto, mais burocrático e cansativo, eu seguro, pois faz parte da profissão.
 
O que espera dessa participação na Virada Cultural Paulista?
Marina – Um encontro e uma conexão direta com o público. Um público que, em geral, não tem grana para ir a teatros onde o ingresso é caro. É uma chance que ele tem de me ver e eu de encontrá-lo também. Para mim, esse encontro será como uma festa, uma celebração. Estou felicíssima em participar.