Em sua campanha para derrubar Michel Temer (de fato, o presidente está bastante enrolado a partir das denúncias da JBS), o sistema Globo de Comunicação vai afiando sua conhecida máquina de destruir reputações. Divulga uma denúncia, julga e condena. Se deu na Globo, é verdade e fim de papo.
Na Baixada Santista a vítima escolhida como boi de piranha é o deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB). Vamos aos fatos:
Na quinta-feira, o site do jornal O Globo – o mesmo que antecipou a delação da JBS – publicou reportagem intitulada “deputado de codinome Benzedor é aliado político de Temer em Santos”. Referia-se a Papa. A reportagem não apresenta nenhuma novidade ou prova de eventual delito contra o parlamentar da região, mas insinua que ele seria o “homem” de Temer em Santos. Uma informação totalmente sem nexo. O que Papa faz é defender reformas fundamentais para o Brasil voltar a crescer e gerar empregos.
Mas Papa integra a base de apoio do governo Temer. Esse talvez seja seu “crime”. O Globo destaca, como já foi noticiado, que a campanha de Papa recebeu recursos da Odebrecht. O próprio delator deixou claro que não houve qualquer acerto escuso com o deputado. A doação seria pela importância política que o ex-prefeito detém na região.
Quem acompanha política no Brasil sabe que não há um único parlamentar que não tenha recebido doações de empresas e, desde que declaradas, eram um procedimento legal. Crime é receber propina.
Conheço Papa há mais de 30 anos e acompanho sua vida pública. Sei de suas preocupações com a região e seu trabalho em defesa da Baixada Santista. É um homem decente, honrado, de vida limpa e, até que me provem o contrário, continuarei afirmando que ele está sendo vítima de uma jogada torpe, cujos verdadeiros interesses um dia ainda virão à tona.
O leitor tem todo o direito de não gostar de João Paulo Tavares Papa. Não votar nele e até fazer campanha contra. Democracia é isso. O que ninguém tem o direito é de alimentar uma máquina de destruir reputações. Hoje, caro leitor, é contra Papa, amanhã, pode ser contra você ou contra seus filhos. As piores ditaduras funcionam assim.
Nos anos 1990, a Rede Globo e outros veículos de comunicação destruíram uma escola que educava crianças. Era a chamada Escola de Base, cujos donos e funcionários tiveram suas vidas destruídas por uma informação falsa: a de que meninos e meninas eram abusados sexualmente. Era tudo mentira. Mas vidas foram destruídas.
A Rede Globo foi condenada a pagar R$ 1,35 milhão de indenização às vitimas, mas até agora os pobres coitados ainda não receberam o dinheiro.
Bem, a lição parece não ter sido aprendida. É nosso dever lutar para que ações desse tipo sejam encaminhadas para o lixo da história.
