Coluna Dois

Dentro de campo, o Santos vai bem

27/05/2017

A eliminação no Paulista, nos pênaltis, para a Ponte Preta, nas quartas de finais, nem chega a constituir uma exceção nesse quadro. Todas as outras competições da temporada são mais importantes que o Paulista. E em todas o Peixe mandou bem até agora.

 
Na Libertadores, termina a fase de grupos como o único invicto da competição. Ganhou todas em casa e empatou todas fora, em duas delas, ficando com um jogador a menos em campo. Destaque para a atuação contra o The Strongest na altitude La Paz.

 
Na Copa do Brasil, também se classificou para as quartas com folga. O adversário, o Paysandu, é da Série B. Mas o Santos, dentro de campo, soube impor a superioridade, o que nem sempre acontece.

 
E no Brasileiro, fez um bom jogo na estreia contra o Fluminense no Rio de Janeiro, apesar da derrota por 3 a 2, e conseguiu vencer o Coritiba na Vila. Neste jogo, a superioridade física do adversário era visível, depois da maratona de viagens e jogos do Santos em Belém, La Paz e Rio de Janeiro. A excepcional atuação do goleiro Vanderlei foi decisiva na Vila.

 
Além dos resultados, o torcedor santista pode se animar com o fato de jogadores importantes para o time, como Ricardo Oliveira e Vítor Bueno estarem subindo de produção. Lucas Lima, que também vinha em ascensão, sofreu lesão contra o Coritiba. E tem também a perspectiva de encorpar o elenco com a proximidade da volta à atividade, depois de lesões sérias, dos dois zagueiros titulares do ano passado, Luiz Felipe e Gustavo Henrique.

 
Fora de campo, algumas notícias e alguns episódios não montam o mesmo cenário de otimismo do desempenho da equipe.

 
Déficit de R$ 9,5 milhões no primeiro trimestre preocupa principalmente porque o ano é de disputa de Libertadores, ou seja, com potencial de aumento de arrecadação. A folha salarial e o número de funcionários também subiram.

 
Um áudio estranho em que o empresário Luiz Taveira explana métodos, digamos assim, heterodoxos, de avaliar jogadores, vazou. O empresário tem participado de muitas negociações de reforços para o Santos na atual gestão. O episódio se refere à contratação do zagueiro argentino Noguera. O negócio é estranho porque teria sido feito sem conhecimento do treinador, que prefere improvisar o volante Yuri na zaga do que escalar o jogador.

 
Outro episódio em que treinador e direção não mostram sintonia é o da representação da CBF na Conmebol, que organiza a Libertadores. O presidente da entidade, investigado pelo FBI e agora também pela justiça espanhola, não sai do Brasil. Dorival vê os clubes brasileiros “desamparados” na Libertadores. O presidente do Santos, não. Diz que quem precisa viajar é piloto de avião. Esse episódios confusos a gente comenta com mais detalhe na próxima edição. Até lá.    
 

Cada vez mais perto
A fase de artilheiro do zagueiro David Braz voltou. O camisa 14 marcou três vezes nos últimos dois jogos e chegou a marca de 15 gols com a camisa do Peixe. Ele pode entrar para a história do Santos como o zagueiro que mais marcou gols. Hoje ele só está atrás de Alex, com 20 gols, e de Edu Dracena, que balançou as redes 17 vezes.
 

Libertadores
O Atlético Mineiro terminou com a melhor campanha da primeira fase. Um sorteio, apenas em 14 de junho, vai definir os confrontos do mata-mata. Cinco brasileiros e três argentinos lideraram os oito grupos da fase inicial. Alguns times complicados que podem pintar no caminho dos brasileiros primeiros classificados são Atlético Paranaense, Nacional do Uruguai e as altitudes, nos casos de The Strongest e Jorge Wilstermann.
 

Evolução
Depois de se tornar a oitava tenista a entrar no top 100 do mundo, Bia Haddad, de apenas 20 anos, completou o melhor mês da carreira nesta semana. A jovem conquistou uma vaga para disputar o Roland Garros, através do qualifying. Esse será o primeiro Roland Garros de Bia, que também já tem vaga assegurada para jogar Wimbledon. Outra notícia interessant

 
Adeus
A temporada 2016-2017 marcou a despedida de várias lendas da história do futebol. John Terry e Phillip Lahm alcançaram a marca de 22 anos respectivamente com as camisas de Chelsea e Bayern de Munique e deram adeus emocionantes nos últimos jogos por seus clubes, encerrando com chave de ouro e título nacional. Francesco Totti é outro que pendurou as chuteiras. O ídolo da Roma defendeu os giallorossis por incríveis 25 anos. O volante espanhol Xabi Alonso, com passagens e conquistas por Liverpool, Real Madrid e Bayern de Munique, seguiu o mesmo caminho.