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Antiparasitários

27/05/2017

Dentre esses, um vasto e diferenciado grupo são denominados parasitas intestinais ou enteroparasitas. Essa denominação vem da relação de vida que mantém com o hospedeiro. Os parasitas retiram nutrientes essenciais do hospedeiro, fragilizando-o e deixando-o em estado de doença.

 

Os parasitas intestinais podem ser classificados em diferentes grupos, com características muito próprias, porém todos eles têm algumas coisas em comum. A primeira delas é o fato da maioria ser adquirida pela via fecal-oral. Isso acontece na ingestão de alimentos e de água com os ovos dos parasitas lançadas nas fezes por pessoas contaminadas. Os ovos são encontrados em alimentos crus mal higienizados, em água não tratada e nas mãos mal lavadas daqueles que prepararam a comida ou mesmo de quem come. 

Indivíduos em boas condições imunológicas tendem a apresentar baixo nível de infecções e, geralmente, apresenta-se sem sintomas. Mas desnutridos, idosos e crianças, além de pessoas imunodeprimidas (as portadoras do vírus HIV ou usuárias de alguns tipos de medicamentos) podem apresentar quadros mais graves e com sintomas mais definidos. Essas pessoas são mais propensas a apresentar a superinfecção, com muitos parasitas no intestino. Esses micro-organismos consomem os nutrientes presentes no intestino, então, um alto grau de infecção tende a provocar desnutrição, fraqueza e muito desânimo.

Uma dúvida recorrente é se vale a pena utilizar antiparasitários de forma sistemática, anualmente, por exemplo. Um problema é de que os diferentes parasitas não são suscetíveis aos mesmos medicamentos. Assim, é necessária avaliação laboratorial para saber se há a infecção e por qual tipo de parasita. Obviamente, a melhor estratégia para o controle da infecção por parasitas é a prevenção, mãos limpas, estrutura sanitária que garanta um bom tratamento para o esgoto, água limpa e alimentos higienizados.

Mas alguns estudos mostram que, quando a prevenção não ocorre, para as pessoas que apresentam alto risco de infecção, o uso profilático de medicamentos pode ser uma estratégia. Para os que não estão em condição de risco, pesquisas apontam que o uso de sementes de abóbora pode reduzir a parasitose intestinal. E a pessoa saudável, com bons hábitos de higiene, mesmo infectado, o sistema imunológico pode combater o parasita.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.