TV em Transe

Pena que durou pouco

18/05/2017

Em quatro capítulos, a emissora decidiu mostrar o que rolou no país no período entre a chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro e a Proclamação da República.  

A atração une dramaturgia e documentário. O ator Dan Stulbach e a historiadora Lilia Schwarcz passeiam pela história observando, comentando e até interagindo com os fatos. E essa mistura dá um toque especial ao programa – uma superprodução de R$ 1 milhão por episódio.

Impossível não lembrar dos tempos de escola. Coisas que já sabíamos, detalhes que não lembrávamos mais (pois apenas memorizamos por uns dias por causa das provas). Ou então passagens que nossos livros de História não contam.  

Coprodução da Cine Group e da Eyeworks, o programa é baseado em “Algo habrán hecho” levada ao ar entre 2005 e 2008 na Argentina. 

Uma das intenções dos produtores era atrair o público que não se liga muito em história. Infelizmente este objetivo não foi alcançado, já que a média dos três primeiros episódios foi de 1,7 ponto no ibope. O que torna um tanto improvável uma segunda temporada. 

Mas vai uma crítica à Band. Como sempre, a emissora pensa que todo mundo pode ir pra cama de madrugada. Não bastasse anunciar a série para às 23 horas, ainda exibe com atraso – o capítulo da semana passada começou às 23h20. Qual o problema de passar mais cedo? O mesmo acontecia com o “CQC”, aconteceu com “Pesadelo na Cozinha” e acontece com o “MasterChef”.

Voltando ao “Era uma Vez uma História”, pena que a aula durou pouco.

Mazelas – Falando em audiência, o “Domingo Espetacular” da Record registrou picos de 15 pontos com a revelação de que o jornalista Marcelo Rezende, apresentador do “Cidade Alerta”, está com câncer no pâncreas e fígado. O sensacionalismo em torno da notícia não causa espanto, mas sim o fato de o canal explorar a doença de um funcionário com o aval e a conivência do mesmo. Só falta um reality show mostrando o tratamento.

Fracasso internacional – Depois do fiasco no Brasil (talvez o pior programa de 2016), a série global “Supermax” ganhou uma versão na Argentina. E por lá o resultado tem sido mais vexaminoso ainda: média de 0,5 ponto (terça, 23 horas). Para tentar amenizar o desastre, o canal TV Pública criou um horário para reprise, no domingo, às 22 horas. E a média passou para 1 ponto.