TV em Transe

Controlados pelas redes sociais

01/06/2017

Li uma matéria no site da BBC Brasil sobre o impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens – e a conclusão foi mais negativa que positiva. Um estudo feito pela Sociedade Real para Saúde Pública, na Inglaterra, apontou o Instagram como a rede mais nociva ao potencializar aspectos como ansiedade, depressão, solidão, bullying e imagem corporal. De favorável, apenas o incentivo à auto expressão e auto identidade.

De imediato eu lembrei de “Queda Livre, da terceira temporada de “Black Mirror”, do Netflix. Um episódio fantástico de uma das melhores séries que já vi.

A história trata de um futuro não muito distante, no qual uma determinada rede social controla as vidas das pessoas. Os usuários se avaliam uns aos outros o tempo todo, de acordo com suas atitudes e suas postagens, dando notas de zero a cinco. E a média de cada um determina não só o seu status, como também o acesso a determinados bens e círculos sociais. Quem possui média inferior a dois é marginalizado. 

Essa realidade reforça as desigualdades e faz com que a busca por boas avaliações seja incessante, forçando um comportamento amigável absolutamente fake. Palavrões, por exemplo, não são bem vistos.
A trama tem como personagem central Lacie, interpretada de forma brilhante por Bryce Dallas Howard, uma moça solitária obcecada por atingir uma média que lhe permita “voos mais altos” na vida.  

Apesar de se passar no futuro, várias situações mostradas em “Queda Livre” podem ser observadas nos dias de hoje. Se você ainda não viu, faça um favor a você mesmo: assista.

 

Não dá – Sou fã de cultura trash, mas nem assim consigo assistir ao “Power Couple Brasil”, que está em sua segunda edição na Record. A disputa entre casais de “celebridades” consegue apenas ser constrangedora, nível “vergonha alheia”, assim como foi na temporada inicial. E, pra completar, tem o Roberto Justus no comando.

A emissora ainda colabora colocando a atração pra bater de frente com o “MasterChef” da Band. Aí não dá, a diferença de qualidade é brutal

Pra que diploma? – “Por que tem que ser jornalista se você só fica lendo ali no teleprompter? Qualquer um pode. Não precisa ser jornalista. Qualquer garoto que tá no ginásio, terminando o ensino fundamental, vai lá, senta, olha e fica lendo.”

Comentário de Silvio Santos, durante seu programa dominical, rebatendo crítica por ter colocado o adolescente Dudu Camargo à frente de telejornais do SBT. Pobre jornalismo.