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Togas enlouquecidas

01/07/2017

Por 20 anos o Brasil passou por uma ditadura militar, período em que os cidadãos tinham seus direitos limitados e não podiam sequer escolher seus representantes. O processo democrático foi restabelecido e, alguns anos depois, o país enfrenta sua mais grave crise, moral e econômica. Hoje, segundo pesquisas, as forças armadas são a instituição mais respeitada do país.

Os poderes Executivo e Legislativo estão em frangalhos, haja vista que os principais líderes são acusados de chefiar organizações criminosas com o objetivo de se manter no poder e saquear o país. Não bastasse tamanha desgraça para o futuro da Nação, agora é o Judiciário que caminha rumo à sarjeta.

Decisões malucas e atos praticados por juízes de instâncias superiores passam a impressão de que temos togas enlouquecidas no Judiciário, o que é péssimo para o país. O que podemos esperar de uma Nação cujos líderes de seus três poderes não revelam o menor respeito pelos cidadãos?

A absolvição da chapa Dilma/Temer pelo TSE, “por excesso de provas”, como disseram em tom de ironia diversos juristas; o jantar oferecido pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, ao presidente Michel Temer e aos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha (todos suspeitos de crimes de corrupção); a decisão do ministro Marco Aurélio Mello de garantir o retorno ao senado do vigarista Aécio Neves, são três exemplos de que a Justiça brasileira se transformou em uma piada de mau gosto. Para completar a festa em Brasília, o ministro Edson Fachin soltou o deputado larápio Rocha Loures, que foi preso carregando uma mala com R$ 500 mil em propina.

Togas enlouquecidas e políticos bandidos formam um coquetel muito perigoso para a democracia e para o futuro do país. Se não houver reação popular a tais descalabros a crise tende a se agravar e seu desfecho será imprevisível.

Já não resta a menor dúvida de que os líderes dos três poderes, com raríssimas exceções, mostraram que não estão à altura do cargo que ocupam e tampouco de conduzir os destinos da República. 
Que Deus tenha piedade do Brasil.