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Mais recursos para a saúde

15/07/2017

O Ministério da Saúde vai ampliar em R$ 10 milhões o repasse mensal às prefeituras da Baixada Santista e renovar a frota do SAMU na região. As novidades foram anunciadas pelo ministro Ricardo Barros, em audiência com prefeitos e deputados realizada na quarta-feira (12) a pedido do deputado federal João Paulo Papa (PSDB).

O ministro garantiu um aumento de 50% no financiamento de serviços de média e alta complexidade. Os nove municípios da região, que atualmente recebem R$ 20 milhões mensais, passarão a receber R$ 30 milhões. Além disso, a Baixada Santista será contemplada com 12 novas ambulâncias, que substituirão veículos com mais de 5 anos de uso, e duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas, uma em Santos e outra em Guarujá.

Participaram da reunião os prefeitos Alberto Mourão (Praia Grande, presidente do Condesb); Paulo Alexandre Barbosa (Santos); Pedro Gouvêa (São Vicente); Valter Súman (Guarujá); Caio Matheus (Bertioga) e Luiz Maurício (Peruíbe); os vices-prefeitos Pedro de Sá (Cubatão); Márcio Melo (Mongaguá) e Tiago Cervantes (Itanhaém). Além de Papa, estiveram presentes os deputados federais Marcelo Squassoni e Beto Mansur, e os estaduais Paulo Corrêa Jr, Caio França e Cássio Navarro. Também estavam no encontro vereadores e secretários municipais de Saúde.

 

Torneiras abertas
É louvável a atitude dos parlamentares e gestores municipais de se unirem e realizarem uma pressão em conjunto, em busca de mais verbas para a região. No entanto, a “abertura de torneiras” do governo federal faz parte da estratégia do governo Temer em busca de apoio de deputados federais para frear o processo que pode tirar o presidente do cargo. Em menos de uma semana, o governo liberou R$ 1,8 bilhão em emendas parlamentares.

Os votos dos deputados da região
Beto Mansur (PRB) já deixou claro que está com Temer e não abre. Marcelo Squassoni (PRB), embora não tenha se manifestado publicamente, deve votar favoravelmente a Temer.  

Já Papa (PSDB) anunciou que votará pela admissibilidade da denúncia contra o presidente, ou seja, pelo afastamento de Temer. "Os brasileiros esperam a adequada apuração”, explicou Papa.    

 

Mãos sujas ou inocente?


Condenado a nove anos e seis meses de cadeia pelo juiz federal Sérgio Moro por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o famoso tríplex do Guarujá, o ex-presidente Lula reage e diz que será candidato a presidente da República em 2018. Enquanto seus seguidores alegam perseguição política, os adversários festejam e dizem que finalmente o chefe da quadrilha está a caminho da cadeia.
O destino de Lula, no entanto, será decidido pelo Tribunal Regional Federal em Porto Alegre. Se a sentença de Moro for confirmada ele ficará inelegível e poderá ir para o presídio da Papuda. Na hipótese de absolvição poderá, como deseja, disputar a eleição do próximo ano, na qual aparece em primeiro lugar segundo as últimas pesquisas eleitorais. 
 

Há controvérsias
A sentença do juiz Sérgio Moro divide opiniões não só no ambiente político, mas no segmento jurídico. Ao mesmo tempo em que há os que consideram a decisão “perfeita”, existem também os que apontam diversas falhas, desde a condenação em si ou mesmo considerações complementares do magistrado.

 

Juiz-psicanalista?
Uma das principais críticas, independente de se concordar ou não com a condenação de Lula, foi o fato de Sérgio Moro não ter decretado a prisão imediata do ex-presidente, “por prudência”, para, segundo a sentença, evitar “certos traumas”.