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Sífilis

15/07/2017

Uma das primeiras formas de proteção contra as infecções é o fator barreira que a pele e a mucosa realizam em nosso corpo. Nesse contexto, as genitálias masculina e feminina associam a condição de barreira produzida pela mucosa a outros fatores como a capacidade imunológica realizada nos fluídos seminais. Nas mulheres, o pH ácido do fluido é importante elemento de defesa, por permitir o desenvolvimento de um conjunto de bactérias que impedem a proliferação de outras do tipo patogênica. 
A relação sexual altera a condição de defesa quer seja por efeitos abrasivos, gerando pequenas lesões, quer seja por torna o pH da genitália feminina menos ácido e assim suscetível às chamadas infeções sexualmente transmissíveis (IST). Os preservativos são eficazes pela ação de barreira que realizam. Segundo a OMS, um milhão de IST em todo mundo e destas um em cada quatro são clamídia, gonorreia, tricomoníase ou sífilis.

No Brasil, detecta-se 10 gestantes infectadas com sífilis a cada 1.000 crianças nascidas vivas, sendo que 6 crianças a cada 1.000 nascidas vivas são infectadas ainda no útero da mãe, a chamada sífilis congênita e que pode apresentar complicações como: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer. Quanto mais precocemente for diagnosticada na mãe, e mais imediatamente iniciar o tratamento, menos riscos de sequelas ao bebê. O parceiro precisa ser notificado, para que, eventualmente, não se contamine ou retransmita a doença.

O problema é grande. Preocupado com os números crescentes de casos de sífilis congênita nos EUA, o CDC, órgão responsável pelo monitoramento e controle das doenças infecciosas naquele país (é muito citado em filmes que retratam calamidades) lançou um programa denominado “Let’s Work Together to Stem the Tide of Rising Syphilis in the United States”, que, em suma entende, a necessidade de que todos os segmentos trabalhem juntos, sem discriminação. A sociedade civil e a organizada, o governo e seus programas e todos os profissionais da saúde, de modo a se garantir o controle da doença. Há de se considerar que é sabida a eficácia definitiva da penicilina na remissão da infecção.

A sífilis, como outras IST podem ser prevenidas pelo uso de preservativos. A sífilis, como outras IST, facilita a infecção por HIV. A doença pode ser detectada por testes simples ofertados pela rede pública. Assim, há de pensar essa doença dentro de um contexto maior, procurando incentivar o pré-natal, o sexo responsável  e a estruturação do serviço público para uma causa de saúde pública.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.