Destinos no Exterior

Provença cultiva a arte do bem viver

29/07/2017

A região de Provença, ao Sul da França, é conhecida, entre outros encantos, pela beleza dos perfumados campos de lavanda. Mas outros atrativos tornam o passeio pelo lugar uma experiência única e marcante, com mar, montanha, vilarejos de pedras, estradinhas bucólicas, excelente gastronomia, vinhos deliciosos e hospedagens ainda mais charmosas.

Balneário de Marselha
Marselha é a segunda cidade mais populosa e a mais antiga da França. É um balneário vibrante, boêmio e cosmopolita, onde a natureza se impõe no cenário. O hino da França tem o nome Marselhesa porque era essa a canção que os revolucionários locais cantavam em sua marcha para Paris, em 1792. De tão bela e inspiradora, acabou virando símbolo nacional.

A cidade é relativamente fácil de explorar, pois a maior parte das atrações fica nas imediações do Vieux Port – o Porto Velho, coração de Marselha. Dali, uma curta caminhada leva até a célebre Plage des Catalans, a pequena praia urbana que é o ponto de badalação no verão. Seguindo para o lado oposto também é fácil acessar a Quai de Rive Neuve, a via que margeia o Porto Velho e onde, 2.600 anos atrás, os gregos começaram a parar seus barcos, fundando uma pequena comunidade. Atualmente, milhares de iates e barcos de todos os tamanhos colorem o lugar.

Um dos passeios imperdíveis é até a emblemática igreja de Notre-Dame de La Garde, erguida no alto de uma colina, 150 metros acima da cidade. Inaugurada em 1864 e concebida em estilo neobizantino, permite apreciar desde o Porto Velho até a Corniche – avenida que percorre a orla, levando as melhores praias da região. De lá, avista-se também o Château d´If, fortaleza erguida sobre uma ilhota na Baía de Marselha, que ganhou fama por ter abrigado o Conde de Monte Cristo, na obra literária de Alexandre Dumas. 

Le Panier é o bairro milenar de Marselha, com ruazinhas estreitas, casinhas centenárias e marcos da história que remontam a eras antigas. Resistiu ao tempo e a invasões, inclusive na Segunda Guerra Mundial quando tropas nazistas decidiram pôr abaixo metade do bairro para impedir que membros da Resistência se escondessem no emaranhado de moradias. 

Campos de Lavanda

Cartão-postal da região sul da França, os campos de lavanda encantam pela beleza e colorido em meio às montanhas. É só na Provença que cresce a lavanda verdadeira, em territórios que estejam pelo menos 800 metros acima do nível do mar. E os campos só ficam com aquela cor púrpura durante algumas semanas, entre final de junho e começo de julho. O melhor lugar para vê-los é a Reserva Natural de Luberon. 

Reserva Natural de Luberon – O carro é essencial para explorar o lugar por suas estradinhas bucólicas. Na vila medieval de Lourmarin há um castelo, o Château de Lourmarin, erguido no século 13 e que foi remodelado em estilo renascentista. Já na cidade de Manosque ficam as instalações originais da marca L´Occitane en Provence, com centenas de produtos. 

Aix-en-Provence

A 33 km de Marselha encontra-se Aix-en-Provence, uma cidade de 150 mil habitantes e o primeiro povoamento romano de toda a França, instalado no ano 123 a.C. A cidade, que foi capital da Provença por mais de cinco séculos, tem alma de artista. O pós-impressionista Paul Cézanne nasceu e viveu em Aix-em-Provence, onde também morou e está enterrado Pablo Picasso. 

Avignon – Em 1.309 tornou-se sede da igreja católica devido a turbulências em Roma. Sete papas residiram em Avignon entre 1309 e 1377. Todo o centro da cidade faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade, segundo a Unesco, incluindo o Palácio dos Papas, o maior palácio gótico de toda a Europa, com 15 mil m² de espaço e com muros de 5 metros de espessura, hoje transformado em museu e centro cultural.

Gordes

As históricas construções foram erguidas no alto de um rochedo de 600 metros de altura que desponta no centro de uma larga planície. A aldeia tem 2 mil habitantes e figura entre os mais belos povoados da França. Na Segunda Guerra, foi reduto da Resistência Francesa.

Roussillon – Fica apenas 10 km de distância de Gordes e, assim como ela, foi esculpida no alto de uma montanha. O ocre, espécie de argila vermelha, impera na coloração de sua arquitetura. O material era muito comercializado e explorado na região.