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Articulação política e verbas devem salvar pescoço de Temer

29/07/2017

Uma intensa articulação política realizada nos últimos dias pelo Palácio do Planalto,, que incluiu a liberação de verbas milionárias para deputados da base governista, deve ser decisiva para salvar o mandato do presidente Michel Temer (PMDB), acusado de corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

Na quarta-feira (2), a Câmara dos Deputados decide se aceita ou não a denúncia contra o chefe do governo. São necessários 2/3 dos votos, ou seja, é preciso que 342 deputados dos 513 votem a favor da aceitação da denúncia para que Temer seja afastado do cargo por seis meses. Se isso ocorrer, ele será julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

 

Discurso afinado
Analistas políticos e até mesmo integrantes da oposição estão convencidos de que Temer sairá vitorioso na votação de quarta-feira. Governistas, entre eles o deputado federal Beto Mansur, afinaram o discurso: a manutenção de Temer é fundamental para que o Brasil saia da atual crise econômica e volte a crescer, gerando emprego e renda.

O atual mandatário será julgado pela Justiça tão logo deixe o Palácio do Planalto. Sua saída, agora, insistem os governistas, só iria provocar mais turbulência política e agravar a crise econômica.

 

Corrupção passiva
O presidente é acusado da prática de corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no episódio em que recebeu o empresário Joesley Batista, dono da JBS, que, posteriormente, incriminou Temer em um processo de delação premiada.

Com Temer é acusado seu ex-assessor, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, flagrado ao receber uma mala com R$ 500 mil que seriam uma propina paga pela JBS a Temer.

 

Ameaça
Outra ameaça a Temer é uma possível delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha, que teria munição suficiente para metralhar o presidente e integrantes do alto escalão do governo. Condenado pelo juiz Sérgio Moro por corrupção, Cunha permanece preso e seus advogados não confirmam a hipótese de o ex-deputado assinar um acordo de delação premiada.

Agosto promete ser um mês de muitas emoções nas áreas política e policial.

 O episódio teve grande repercussão nacional e motivou a denúncia do produrador-geral. Temer nega as acusações e diz que foi "ingênuo" por receber o empresário às 23 horas no Palácio, em um encontro fora da agenda oficial.

 

Segunda denúncia
Mesmo que obtenha uma vitória na Câmara dos Deputados, o que parece bastante provável, Temer deve enfrentar uma segunda denúncia de Janot, desta vez por obstrução de justiça.

 

Alckmin em Santos
O governador Geraldo Alckmin é aguardado para participar da cerimônia de entrega da Vila Criativa da Vila Progresso, neste sábado (29), às 9h. No prédio de 2.500 metros quadrados construído pela Prefeitura, serão oferecidas diversas atividades gratuitas, nas áreas de esportes, lazer e capacitação profissional. O local conta com ginásio poliesportivo (futsal, vôlei, basquete e handebol), brinquedoteca, sala de cinema e espaços para práticas de ginástica, balé, aula de informática. A expectativa é atender cerca de 4 mil pessoas.

 

100% Márcio França
Na reunião com cúpula nacional do PSB, na noite de quarta-feira (26), Alckmin foi informado de que o partido não abre mão de ter o vice-governador, Márcio França, como candidato à sua sucessão. “O partido está 100% fechado com o Márcio”, disse o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira (PE).

Apesar de ver com simpatia a candidatura de Márcio França, o principal problema de Alckmin está dentro do próprio partido, já que dois Josés (Serra e Aníbal), além de João Dória, já manifestaram o desejo de ser o candidato tucano ao Governo do Estado.