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Desastres naturais

19/08/2017

Os desastres naturais são fenômenos que, apesar do avanço científico para a sua previsão, muitas vezes atingem a situação do imponderável. Além disso, os desastres naturais, quando associados a uma geografia social desfavorável, produz situações de desequilíbrio na saúde individual e coletiva, atingindo transtornos físicos e/ou psíquicos. Além dos grandes desastres, envolvendo muitas pessoas ou que os afetem por muito tempo, há situações menores que podem passam desapercebidos. Porém, dados revelam que os números de desastres e pessoas envolvidas está aumentando gradativamente.

É dever do Estado, e dos governos em todas as instâncias (federal, estadual e municipal), preparar-se para esses eventos. No Brasil, em 2012 foi instituído a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, que apresenta um plano detalhado para o controle dos danos causados pelos desastres naturais. No que se refere a medicamentos, o Ministério da Saúde mantém kits pdronizados que podem atender até 500 pessoas por três meses. É composto por 30 medicamentos diferentes e mais 18 itens como atadura e outros insumos.
A agência americana FDA publicou recente alerta sobre conservação e manutenção de medicamentos em situações de desastres naturais. A FDA alerta sobre a necessidade de descartar os medicamentos expostos ao excesso de calor ou à umidade excessiva. Faz um expressivo alerta para não se utilizar insulina armazenada fora de temperaturas adequadas. Interessante notar que o alerta menciona, inclusive, os animais de estimação. 

Porém, os animais em geral precisam ser avaliados para decidir-se sobre a necessidade de vacinação, para evitar epidemias e possíveis transmissão aos humanos. Nesse sentido, a vacinação contra hepatite B, difteria, tétano e tuberculose torna-se mais importante. Além dos medicamentos indicados para as doenças imediatamente relacionadas ao desastre, há de se garantir a continuidade dos medicamentos utilizados para as doenças crônicas.

Nesse quesito, a situação pode complicar devido à variedade de medicamentos usados. Quando em crise, muitas campanhas de arrecadação de roupas, alimentos e medicamentos se fazem. Nessa condição, doar sobras de medicamentos pouco ajudam, uma vez que o processo de triagem é demorado e sempre haverá a insegurança quanto à qualidade de armazenagem desse medicamento. Caso doe medicamentos, prefira os genéricos e aqueles que são, normalmente, distribuídos pelo SUS, uma vez que haverá grande chance de alguém atendido pelo sistema de saúde utilizar-se dessa substância.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.