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A virtude da tolerância

02/09/2017

Conta-se que um velho guerreiro, admirado e respeitado por todos de sua tribo, era frequentemente consultado pelos seus.

Certo dia, um jovem de seu clã, ansioso por galgar o mesmo sucesso do velho, foi ter com ele, desejando beber de sua sabedoria.
-Venerável ancião – disse o moço -busco compreender quais as melhores lições que a vida vos ofereceu.
-Guerreastes em muitos campos de batalha, enfrentastes destemido os mais audaciosos adversários, demonstrando coragem e bravura.

-Fostes o maior líder de nosso povo, e sob vossa égide conquistamos paz e soberania.
-Assim, desejo saber qual a maior lição que pudestes aprender em vosso caminhar.

-Meu caro jovem, redarguiu o velho líder, -após tantas lutas, tantos enfrentamentos, digo-lhe apenas uma coisa: O grande segredo da vida não é lutar pelas nossas diferenças, mas sim unirmo-nos pelo que temos em comum.

-Não importa se somos dessa ou daquela etnia, se somos branco, índio ou negro.
-Antes de tudo, temos que nos entender porque somos gente, homens e mulheres, sem diferença nenhuma quando vistos por dentro.

[com base em texto da Redação do Momento Espírita]

A lição do guerreiro é considerável. Em um meio onde as ideologias partidárias, as diferenças, brigas e os antagonismos são a tônica dos relacionamentos em nossa sociedade, ele nos orienta a que busquemos nos unir em torno do que temos em comum.

Ideal seria que dessa forma acontecesse conosco em sociedade.

É natural que existam pessoas que tenham uma ideologia política diferente da nossa. Nem todos temos a mesma orientação sexual a nos conduzir a vida.

Educamos nossos filhos de maneira diferente.

Votamos em candidatos distintos e torcemos para times contrários.

Temos gostos musicais dos mais variados. E escolhemos essa ou aquela religião para alimentar nossa Espiritualidade.

Mas isso tudo é secundário. Antes de tudo, somos irmãos.

Somos todos “almas”, navegando em um corpo físico, buscando superar nossas dificuldades, enfrentar a nós mesmos, dando conta das responsabilidades que nos cabem no mundo.

Assim, se alguém nos enfrenta com suas opiniões, compreendamos.

Se alguém precisa convencer a outrem sobre suas próprias opiniões, é porque talvez ainda esteja inseguro delas.

Se outrem nos procura para conduzir-nos às suas crenças, tenhamos paciência.

Muitas vezes, a estreiteza imposta a eles os impede de perceber que o caminho pouco importa, quando se tem claro o destino.

Com os luminares espirituais aprendemos que toda doutrina, mesmo parcialmente equivocada, é digna de respeito, desde que conduza as pessoas ao bem.

Assim, no agrupamento que estejamos, evitemos as polarizações, seja qual for o tema.

Tolerar é compreender que, no limite daquilo que é legal e ético, temos direito de agir conforme os ditames da consciência.

E o maior exemplo de tolerância nos oferece o Grande Arquiteto do Universo quando nos permite que usemos nosso livre-arbítrio.

Na Sua tolerância Divina, Ele sabe que nossos erros e opções, nem sempre acertadas, são caminhos de aprendizado e amadurecimento. 

PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE