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Síndrome do pânico ou apenas medo?

16/09/2017

O "medo de sentir medo" é uma das definições mais comuns por quem sofre de síndrome do pânico, doença ainda vista com preconceito por falta de informação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 264 milhões de pessoas sofrem de transtornos de ansiedade no mundo, patologia que desencadeia a síndrome do pânico.  Desse montante, 9,3% são brasileiros.

A psicóloga da Doctoralia, Tatiane Paula Souza, explica como identificar o momento de procurar ajuda profissional: "O medo comum é uma resposta física que nos direciona e nos alerta em situações que oferecem risco real no presente. Já no transtorno de pânico são emitidos os mesmos sintomas do medo, porém trata-se de uma sensação imaginária de que algo ruim acontecerá, mesmo que não haja motivos palpáveis que justifiquem".

De acordo com a psicóloga, o próprio receio de passar por uma nova crise é uma das principais características do quadro da síndrome. "Os pacientes que experimentam esses sintomas desenvolvem novos medos de ter novas crises, comprometendo as áreas da vida pessoal, profissional e afetiva, pois as tentativas de se auto-proteger geram um mecanismo de defesa que tendem a desgastar os vínculos que a pessoa cultivava antes da acentuação das crises", comenta. Tatiane Paula Souza indica algumas perguntas que a pessoa deve fazer para identificar se o medo está acima do normal e deve ser tratado. Confira:

Sintomas psicológicos e físicos

• Sinto frequentemente que vou enlouquecer?
• Fujo de situações sociais por medo?
• Penso que o mundo é perigoso?
• Sinto que o medo me paralisa e me faz perder o controle?
• Antes que algo de ruim aconteça em minha vida, fujo de situações que poderiam me expor ao medo?
• Tenho mudanças bruscas e aceleradas do pensamento, motivadas pelo medo?

 

Reações no organismo

Além dos sintomas psicológicos, há também alguns sintomas físicos que podem se manifestar: taquicardia, sudorese, visão turva, náusea, dormência nas mãos, sensação de morte e sufocamento.

Identificando-se com estes sintomas e condições, é importante procurar um médico psiquiatra e um psicólogo especialista em Saúde Mental para dar início ao tratamento. "O psiquiatra fará o diagnóstico e a prescrição do tratamento medicamentoso mais adequado, que varia de paciente para paciente, para estabilização do quadro. Já o tratamento com um psicólogo capacita o paciente para identificar os sinais que antecedem a crise, permitindo que a pessoa retome suas atividades do dia a dia", esclarece.