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Bandidos unidos jamais serão vencidos

30/09/2017

O Senado da República vai reagir à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) para livrar mais uma vez o pescoço do companheiro Aécio Neves. Não se trata de uma ação corporativista, mas de autodefesa, haja vista que 44 senadores estão enrolados com a Justiça. A tentativa é evitar o chamado “efeito orloff” – eu sou você amanhã.

O fato de a maioria de representantes do Senado estar em apuros é o retrato de um país onde malas de dinheiro sujo circulam com naturalidade e o próprio presidente da República é acusado de corrupção, formação de quadrilha e obstrução de Justiça.

Em um país civilizado Temer, vários de seus ministros e centenas de parlamentares não estariam circulando por palácios e falando em nome da Nação, mas dividindo celas em presídios federais. O fato é que não existe democracia plena sem um poder Judiciário forte, independente e, principalmente, que funcione.

As leis no Brasil foram feitas por parlamentares malandros e têm por objetivo apenas punir os mais fracos. A Operação Lava Jato foi um ponto fora da curva, e a quadrilha que governa o Brasil, com integrantes nas três esferas de Poder, já se deu conta disso. A questão da delação premiada foi um descuido. Por isso, vão tentar mudanças para garantir a impunidade.

A prisão de alguns bandidos de colarinho branco, como Palocci, José Dirceu, Marcelo Odebrecht e dos irmãos Batista tirou o sono da quadrilha. A reação do Senado no episódio Aécio é apenas o começo. A quadrilha vai agir para garantir impunidade eterna e para que a bandalheira possa continuar como sempre.

PT, PMDB , PSDB e outros partidos menores estão unidos por um ideal: salvar Aécio, Temer, Lula e demais companheiros. Que se dane o futuro do país. Como disse o deputado Bonifácio de Andrada, há 40 anos no parlamento, “os deputados não são santos porque o povo também não é santo”.
Pois é. Em 2018 teremos eleições. Uma chance de promover um acerto de contas.