O cálcio é um mineral necessário durante toda a vida e não apenas após a menopausa. O cálcio participa das atividades cardíaca e viscerais (do intestino, por exemplo), além de ser imprescindível para a função nervosa. Mas apenas uma pequena fração está disponível para isso, alguma coisa próxima de 1%. Todo o resto está no osso, ainda que haja plena renovação ao longo da vida. O organismo tem mecanismos para garantir esse 1% circulando, nem que para isso opte por reduzir a massa óssea.
Estudos apontam que entre 80% e 90% dos homens e mulheres brasileiros ingerem a quantidade abaixo da adequada de cálcio, correspondendo ao menos 1 grama diário. Inclusive mulheres grávidas podem estar sendo ingeridas pouco mais da metade dessa necessidade. Nesse nível, as mulheres correm riscos maiores de sofrer de eclampsia e pré-eclâmpsia, situação que, dentre outras coisas, apresenta valores aumentados na pressão arterial. Essa condição é fator de risco materno, sendo a causa de 17% das mortes.
As fontes nutricionais de cálcio é o leite e seus derivados, que devem ser ingeridos diariamente na proporção de quatro copos (leite ou iogurte) ou 200 g de coalhada, ou mais. Também devem ser ingeridos diariamente vegetais ricos em cálcio, como o espinafre, brócolis, agrião, couve, aveia, dentre outros. Em caso de dúvida, consulte um nutricionista.
Alguns hábitos alimentares podem comprometer a capacidade de absorção do organismo. Ingerir muito sal favorece a eliminação de cálcio, assim como o café e o álcool também podem apresentar pequeno prejuízo na absorção intestinal. Uma alternativa é o uso de suplementos de cálcio, que contêm quantidades variáveis de cálcio elementar.
Os produtos podem conter cálcio na forma de carbonato, gluconato ou citrato. O que interessa, de fato, é quanto de cálcio livre estará disponível. É importante que a suplementação seja feita dividida em pelo menos duas vezes, pois quanto mais cálcio ingerido menor a capacidade proporcional do organismo absorvê-lo.
Para a manutenção do cálcio, é importante discutir o papel da Vitamina D. A pele faz a síntese natural a partir da estimulação solar. Alguns estudos têm demonstrado que, apesar de vivermos em um país ensolarado, cada vez menos as pessoas se expõem ao sol. Assim, o nível de vitamina D no organismo está abaixo do desejado, sendo que é uma substância muito importante para outras funções. Mas a Vitamina D também pode ser adquirida nas refeições, em peixes gordurosos de águas frias (salmão, sardinha), carnes vermelhas, ovos, etc. Caso a ingestão não seja adequada, consulte um médico para avaliar a necessidade de suplementação.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
