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Prevenindo e tratando a surdez

11/11/2017

A perda da audição pode acontecer em qualquer fase da vida e pelos mais diversos motivos: origem genética, exposição ao ruído, infecções virais, acidentes, entre outros. Por isso, como enfatiza a fonoaudióloga Cintia Fadini, o principal cuidado que se deve ter é a prevenção. "É fundamental evitar sons intensos, fones no ouvido em alta intensidade e em tempos prolongados. Além disso, é importante se alimentar bem e praticar exercícios físicos. O corpo reflete na nossa saúde auditiva".

Ela ressalta a importância de uma boa audição na qualidade de vida. "Quando perdemos esta habilidade nos afastamos do mundo social e deixamos de perceber as sutilezas do mundo sonoro. Qualquer indício de problema ou dificuldade auditiva, começando pelo zumbido, é fundamental procurar logo uma orientação médica. Não espere, busque ajuda", apela.

 

Surdez de nascença ou adquirida
Cintia Fadini explica que há quem nasça com a perda auditiva, por isso o acompanhamento no pré-natal é muito importante. Mas outras pessoas adquirem a deficiência com o tempo, por ouvir durante horas sons intensos ou música em alta intensidade, além dos casos por idade avançada, entre outros.

De acordo com a fonoaudióloga, os fones de ouvidos fazem mal por agredirem as células que captam os sons na orelha interna. "Ouvir música muito alta com fones lesionam estas células, pois o barulho fica numa intensidade acima do que elas suportam", diz. Os especialistas também desaconselham o uso de hastes flexíveis com algodão para limpeza do ouvido, pois isso estimula a produção de cera.

 

Prevenção, sintomas e tratamento
De acordo com os médicos, é preciso prestar atenção nos sintomas, pois a perda costuma acontecer de forma gradual. A pessoa que começa a falar alto demais corre o risco de ser tomada como inconveniente, mas talvez ela própria não esteja se ouvindo e acaba aumentando o volume da voz.  Aumentar muito o som da música, da TV ou do rádio, ter dificuldade de entender o que é dito ou demorar para aprender algo pode também indicar que a capacidade auditiva está prejudicada. Outro comportamento comum é quando a pessoa começa a reparar muito nos lábios de quem está falando. 

A fonoaudióloga ressalta que há dois tipos principais de perda auditiva: a de condução e a neurossensorial. A de condução acontece quando algo impede o som de passar pelo sistema auditivo. Pode ser tratada por meio de medicamentos ou, dependendo do caso, com o uso de aparelhos auditivos.

Já na perda neurossensorial há a morte irreversível de algumas células. Para essa situação, o único recurso é o uso de aparelhos auditivos para amplificar e corrigir os sons recebidos. "Mas o processo inicial não é tão simples, pois, na maioria dos casos, é necessário também exercitar o cérebro para ouvir melhor por meio de treinamentos específicos que estimulam a atenção e memória auditiva", finaliza.