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Vacina contra febre amarela

11/11/2017

A febre amarela é uma doença viral transmitida por vetores, mosquitos específicos. A doença é classificada em silvestre e urbana. A silvestre é quando o vírus é transmitido apenas entre animais e a urbana, entre seres humanos. A febre amarela silvestre apresenta risco de transmissão para os humanos, apenas quando há comunidades próximas às regiões onde circulam os vírus entre animais. Há muito tempo (97 anos) não há febre amarela urbana no Brasil, apenas contaminação de pessoas em ambientes silvestres.

Os mosquitos responsáveis pela febre amarela urbana e silvestre são diferentes, mas o Aedes aegypti, responsável pelo ciclo urbano, também pode picar macacos contaminados. E depois picar um humano, inoculando o vírus. A doença não apresenta a mesma gravidade em todas as pessoas acometidas. Os sintomas repentinos podem ser febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

Não há tratamento para a doença, então a prevenção é a melhor estratégia. Como é inviável controlar a propagação dos vetores (Aedes), a melhor forma de se prevenir é o uso da vacina contra a febre amarela. O Brasil é o maior produtor dessa vacina e o Plano Nacional de Imunização indica o seu uso apenas para quem viaja para regiões de risco e em situações de emergência, como está ocorrendo, agora, em algumas regiões do país.

No Brasil, até o ano de 2016, haviam registrados 15 casos em humanos. De 2016 em diante, os números foram crescendo, com mais de 1500 notificações e cerca de 280 mortes suspeitas. No estado de São Paulo, foram 126 casos suspeitos de Febre Amarela, no primeiro semestre, mas nem todos eles surgidos no próprio estado. 

A vacina contra a febre amarela é segura, com raros eventos adversos graves. Entre 2% e 5% dos vacinados podem apresentar dor de cabeça e no corpo, febre e mal-estar geral. Também pode aparecer reações locais, como dor e vermelhidão no local da aplicação. A partir de estudos, a OMS recomenda dose única sem necessidade de reforço.

A vacina é do tipo preparada com vírus atenuado, ou seja, eles podem se replicar, mas foram modificados para não provocar doenças. Porém, pessoas com imunidade baixa devem ser vacinadas com cautela e sob critério médico. Entram nessa condição as grávidas, idosos e crianças com menos de nove meses. Mas a vacina é contraindicada para bebes abaixo de seis meses e pessoas alérgicas à ovo, onde os vírus são cultivados. E por melhor que sejam purificados, pode conter quantidade suficiente para provocar alergia.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.