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Em 10 anos, o diagnóstico de diabetes aumentou 61,8chr37 no Brasil

18/11/2017

Estudo recente do Ministério da Saúde mostrou que, em 10 anos, o diagnóstico de diabetes aumentou 61,8% no País. Entre 2006 e 2016, o número de pessoas que dizem saber do diagnóstico de diabetes passou de 5,5% para 8,9%. As mulheres lideram o ranking: 9,9% da população feminina declararam possuir a doença contra 7,8% dos homens.

A estimativa é de mais de 13 milhões de pessoas com diabetes no Brasil. E os casos não param de crescer, em alguns deles, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento de complicações. Dependendo da gravidade, a diabetes pode ser controlada com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Ter consciência dos riscos e buscar o diagnóstico é importante. Perder peso por meio de alimentação saudável e praticar exercícios faz uma grande diferença na qualidade de vida e na prevenção à doença. 

 

Tipos 1 e 2 – A diabetes classifica-se em dois grupos: Tipo 1 e Tipo 2, porém também é possível encontrar a pré-diabetes e também os de casos específicos, como a diabetes gestacional. No Tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo os anticorpos atacarem as células que a produzem. 

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. "Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar", alerta o nutrólogo Máximo Asinelli. 

Gestacional – A diabetes gestacional é o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, que faz aumentar os níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gravidez. Pode ser transitório ou não e, ao término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada.

 "Na maioria das vezes ele é detectado no terceiro trimestre da gravidez, através de um teste de sobrecarga de glicose. As gestantes que tiverem história prévia de diabetes gestacional, como perdas fetais, má formações fetais, hipertensão arterial, obesidade ou história familiar de diabetes não devem esperar o 3º trimestre para serem testadas, já que as chances de desenvolverem a doença são maiores", orienta Máximo. 

Pré-diabete – O termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes Tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco. "É importante destacar que 50% dos pacientes nesse estágio 'pré' vão desenvolver a doença. O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações", esclarece o médico.