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Problema à flor da pele

02/12/2017

Com a proximidade do verão, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) dá início este mês a mais uma Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, o tipo de câncer mais frequente no País, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados. É o 'Dezembro Laranja', que este ano tem com o tema "Se exponha mas não se queime". 

A ação visa reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, alertando, principalmente, as pessoas que se expõem constantemente aos raios solares em sua rotina profissional ou no dia a dia. Este ano, pela primeira vez, a campanha continua durante todo o verão, trazendo diferentes ações na internet, ruas, praias e parques.

 

Tipo de maior incidência entre os brasileiros – De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos surgem 176 mil casos de câncer da pele no Brasil. De modo geral, os indivíduos mais susceptíveis ao desenvolvimento desses tumores são aqueles de pele clara, acima dos 50 anos, com certas doenças que levam à depressão da imunidade, história familiar de câncer da pele, ou que se expõem ao sol de forma intensa e desprotegida, como agricultores, pescadores, motoristas, atletas, carteiros e ambulantes, e ainda os praticantes de bronzeamento artificial. As lesões de câncer da pele se desenvolvem, usualmente, nas áreas expostas ao sol.

Segundo a SBD, as radiações ultravioletas oriundas do sol, além de promover o câncer da pele, favorecem queimaduras solares, catarata, degeneração da retina, manchas, alterações na espessura e enrugamento da pele. A entidade orienta que a educação ligada à exposição solar seja incentivada desde a infância, pois a proteção solar previne de forma eficiente todos esses processos.

 

Medidas de proteção – A proposta da campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia é conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele decorrentes da exposição excessiva ao sol sem proteção, lembrando que filtro solar não é o único cuidado contra a radiação ultravioleta. A recomendação, especialmente para pessoas que se expõem muito ao sol, é de que, dependendo do trabalho, usem equipamentos de proteção individual (EPI): chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo; protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 30; tomem bastante água e evitem o sol das 10 às 16h.

 

Fique atento – Apenas os médicos dermatologistas e oncologistas estão capacitados para fazer o diagnóstico, porém algumas características podem ajudar a população a identificar a doença, como lesões que aparecem e persistem ou continuam crescendo no decorrer de semanas a meses, pintas que apresentem mudança de cor ou textura e feridas que não cicatrizam. "No caso do surgimento de lesões como estas, um dermatologista deve ser procurado para esclarecer o diagnóstico", recomenda o médico André Lauth.