Destinos no Exterior

Inverno no Alentejo

09/12/2017

O Alentejo é a maior e mais genuína região de Portugal, onde a experiência de viver bem dá o tom. A região, com paisagens pitorescas, belas praias e cidades repletas de atrações como castelos e monumentos históricos, reserva ótimas surpresas para quem deseja visitá-la no inverno que começa dia 21 de dezembro no Hemisfério Norte.

 

A estação mais fria do ano é a época ideal para relaxar próximo à lareira e se deliciar com pratos quentes da deliciosa cozinha portuguesa, saboreando premiados vinhos que dão fama à produção alentejana. No inverno é possível visitar os olivais centenários e ainda ver de perto o lugar onde os frutos são processados e dão origem ao azeite, parte fundamental da culinária local. Vale uma visita ao Largar do Marmelo, em Ferreira do Alentejo, que já atingiu os 10 milhões de oliveiras e exibe um edifício de arquitetura moderna e tecnologia de ponta.

Mesmo com as baixas temperaturas, os constantes dias de sol convidam para atividades ao ar livre. Uma ótima opção é explorar as planícies com campos de plantações e presenciar um deslumbrante pôr do sol, em cidades como Mértola, Beja, Alandroal e Serpa.

 

Vinícolas


Para uma completa programação de inverno no Alentejo o vinho não pode ficar de fora. São mais de 250 produtores e vinhas que se estendem por mais de 20 mil hectares, com muitas variedades de uvas e tipos de produção, que resultam em aromas e notas exclusivos. Em cada canto da região há uma vinícola a ser descoberta. Em sua maioria, as propriedades estão localizadas um pouco mais distantes das cidades alentejanas e impressionam por seus campos de vinhas e cenários bucólicos.

O ideal é aproveitar as pequenas distâncias, percorrer o maior número de lugares e vivenciar experiências únicas. Uma das características do vinho alentejano é a mescla de diferentes frutos da vinha. A Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, por exemplo, planta mais de 40 tipos para produzir suas marcas.
 

Vários estilos
Prepare-se para ver os variados processos da fabricação do vinho. Há vinícolas com produção em grande escala e outras que prezam pela simplicidade de uma técnica centenária e muito mais lenta. Para o estágio de armazenamento, há métodos distintos também: o mais comum é usar barris de carvalho francês. A Herdade do Rocim, na pequena vila de Cuba, utiliza a talha – técnica ancestral de fermentação em grandes recipientes feitos de barro -, e a Adega Ervideira envelhece um de seus mais famosos vinhos nas águas do Lago Alqueva.

Além das visitas guiadas às caves e adegas, há muitas atividades para se fazer nas vinícolas. Na Quinta do Quetzal, nos arredores de Beja, os visitantes são brindados com exposições de arte contemporânea. Já a Adega Mayor, em Campo Maior, proporciona passeios de balão de ar quente e piqueniques.

 

Culinária típica


O clima frio e úmido é perfeito para provar os pratos quentes típicos da culinária alentejana, como o ensopado de borrego – como é chamado o cordeiro com menos de um ano. Antes da adoção da carne de porco, era o carneiro que predominava na gastronomia regional, principalmente em ensopados, cozidos e guisados. É uma verdadeira iguaria, temperado com hortelã e ervas aromáticas.