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Reforma da Previdência fica para 2018

16/12/2017

O governo Temer bem que tentou — gastou milhões de reais na liberação de cargos e recursos para deputados —, mas a reforma da Previdência fica para 2018. Aliado do governo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admite que ainda faltam muitos votos para os 308 necessários para a aprovação da proposta. “O ideal era que fosse votado agora, mas o tempo vai nos ajudar a esclarecer. O frustrante é perder. Não temos os votos hoje. De agora a fevereiro continuaremos trabalhando”, afirmou Maia.

Para conseguir os votos que faltam, o governo admite ceder um pouco mais, reduzindo de 62 para 60 anos a idade mínima para mulheres se aposentar. O tempo mínimo de contribuição fica mantido em 15 anos. Com a possível mudança na idade mínima para as mulheres, o governo esperar conquistar mais votos da bancada feminina da Câmara.
 

Conversa dura
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, endurece o discurso, mas na prática a realidade é outra. Segundo Meirelles, eventuais alterações na proposta do governo não podem afetar a previsão de economia de R$ 600 bilhões em dez anos. “Qualquer impacto substancial não é algo factível e não é algo que deva se fazer”. O discurso oficial do ministro é esse, mas a realidade política é outra. Em 2018, ano eleitoral, dificilmente o governo Temer conseguirá aprovar a reforma da Previdência. Alguma chance, somente com novas concessões, o que Meirelles insiste em negar.