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Festas de final de ano

23/12/2017

As festas de final de ano representam, para a grande maioria das pessoas, exageros e modificações na rotina. Para as pessoas saudáveis, os excessos podem representar desconfortos que os levarão ao uso de medicamentos. Mas para aqueles que já fazem uso regular de medicamentos, as festas podem acarretar em problemas mais sérios. Ressalta-se que, em princípio, não há motivos reais para o abuso, ainda que seja difícil resistir.

Para aqueles que exagerarem na comida e bebida, devem evitar o uso de analgésicos para a possível dor de cabeça. Esses medicamentos podem acelerar uma possível lesão gástrica causada pelos excessos e, no limite, induzir uma hemorragia em diferentes níveis de gravidade. Para aqueles que já reclamam de mal-estar no estômago durante todo o ano, o exagero pode ser mais danoso. Nesses casos, beba muita água, procure fazer uma dieta leve entre uma festa e outra. Ou seja, reduza a gordura, carnes vermelhas, mastigue lentamente e de forma suficiente os alimentos. Coma menos e mais vezes, se necessário.

Para aqueles que já fazem uso de medicamentos, converse previamente com o médico ou farmacêutico, mas em linhas gerais, não deixe de fazer uso dos medicamentos regulares. Procure espaçar seu uso das refeições. Ao consumir álcool, o faça de maneira moderada. Porém, não beba nada alcoólico se fizer uso de medicamentos que atuem no sistema nervoso central, como antipsicóticos, calmantes, analgésicos do tipo opioide (p. ex. tramadol) ou mesmo medicamentos antialérgicos. Nesse caso, o álcool potencializa o efeito depressor, causando maior sonolência e perda de reflexos. Nessa condição, não dirija!

O álcool deve ser consumido de forma moderada. Mas não beba de estômago vazio e inclua algum tipo de carboidrato nas refeições, como massas ou arroz. Beba muita água para evitar a desidratação que o álcool possa provocar, não para dilui-lo. O quanto de bebidas alcoólicas você beber é o tanto de risco de embriaguez. Obviamente, mais álcool não cura a ressaca, apenas adiará seus efeitos.

Outro problema recorrente nos abusos são as diarreias. Elas podem ocorrer devido o excesso de gordura que será digerida mais lentamente, obrigando o trato gastrintestinal a esvaziar-se depois de certo tempo. Esse volume de gordura será reconhecido como estranho no intestino provocando aumento do peristaltismo e fezes amolecidas. 

Alimentos estragados também podem provocar diarreia. Se a pessoa não estiver muito prostrada, a orientação deve ser a mesma para ambas as situações: hidratação, alimentação leve e não usar medicamentos. Se a diarreia for muito intensa, soro de reidratação oral adquirido nas farmácias. Crianças merecem mais atenção. Bom Natal!

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.