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Micoses de unhas

30/12/2017

As unhas, do ponto de vista fisiológico, são estruturas de proteção às pontas dos dedos. Em cada animal apresenta-se de forma diferenciada, como garras ou cascos. Sua renovação se dá pela deposição de células que, ao modificarem e morrerem, assumem a conformação de placa rica em queratina, a mesma proteína dos cabelos e da pele. Como órgão vivo está sujeito a doenças e variações consequentes do estado metabólico do ser. A unha visível é resultado de um conjunto de estruturas que a renovam diariamente, em 0,1 mm para as unhas dos dedos das mãos e 0,03 mm para o dos pés.

As unhas estão sujeitas a diversas doenças, mas a micose (onicomicose) é a mais comum. A infecção por fungos instala-se na lâmina ou placa ungueal (unha) dos pés mais frequentemente do que nas mãos, devido à constante umidade, calor e falta de luz. A onicomicose pode ser causada por vários tipos de fungos diferentes e pode alterar a aparência das unhas de forma bem variada. A mais comum inicia-se pela lateral da unha e pode causar dor e dificuldade em andar. Estima-se entre 4 e 10% de pessoas infectadas.

Trabalhadores que mantém as mãos úmidas por muito tempo, como lavadores de carro ou pratos, são suscetíveis ao popularmente conhecido como unheiro. O processo crônico e lento inicia com a agressão à cutícula devido à ação de detergentes e umidade constante gerando inflamação e posterior infecção por levedura (Candida), fungos ou bactérias. A infecção também poder de caráter agudo quando a uma lesão física, com alicate de unha.

A partir do diagnóstico médico, os medicamentos usados podem ser de ação tópica ou sistêmica. A via tópica se dá pela utilização de esmaltes, cremes ou loções especialmente elaboradas para o uso nas unhas. Requer uso constante e por longos períodos de antifúngicos, variando entre seis meses e um ano de tratamento. Isso porque a unha é bastante impermeável, o que impede a ação eficaz dos antimicrobianos. O tratamento tópico pode ser bastante facilitado com o processamento correto das unhas por podólogos. 

Assim como em qualquer terapia antimicrobiana, é possível o aparecimento de espécies resistentes ao antifúngico usado, principalmente quando feito de forma incorreta. Como alternativa mais recente ao tratamento químico, está sendo proposto a fototerapia que combina a aplicação de agentes fotossensíveis, luz e oxigênio. Ainda assim, é um procedimento que exige, ao menos, seis sessões de duas horas semanais. Cada tipo de fungo demanda uma combinação específica de luz e agente fotossensível. 

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.